19 de Março de 2024 • 08:06
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que defendeu a extradição do italiano em sua campanha / Agência Brasil
O terrorista italiano Cesare Battisti, 64, extraditado à Itália em janeiro, admitiu em um depoimento à Justiça que foi responsável pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970 -quando militava no grupo Proletários Armados pelo Comunismo.
Foi a primeira vez que Battisti confessou os crimes pelos quais foi condenado à prisão perpétua na Itália.
No interrogatório, Battisti confessou que é responsável por quatro homicídios, três ferimentos graves e uma série de roubos. "Vou falar do que eu sou responsável e não vou falar de mais ninguém", disse o italiano segundo os meios de comunicação locais.
Battisti afirmou que, dos quatro assassinatos, foi o executor de dois. Ele ainda pediu desculpas às famílias das vítimas durante o interrogatório que durou nove horas.
Na década de 1980, o italiano fugiu do país, tendo vivido na França até 2004, quando veio ao Brasil.
Sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Battisti obteve status de refugiado político. O ex-presidente Michel Temer (MDB) decidiu extraditá-lo e obteve aval do STF (Supremo Tribunal Federal) em dezembro do ano passado.
O italiano, porém, fugiu mais uma vez, tendo sido encontrado em janeiro, na Bolívia, onde foi preso e extraditado para a Itália.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que defendeu a extradição do italiano em sua campanha, afirmou nesta segunda-feira (25) pelas redes sociais que o Brasil não será mais "paraíso de bandidos". Ele também criticou a esquerda por ter abrigado o terrorista.
"Battisti, 'herói' da esquerda, que vivia colônia de férias no Brasil proporcionada e apoiada pelo governo do PT e suas linhas auxiliares (PSOL, PCdoB, MST), confessou pela primeira vez participação em quatro assassinatos quando integrou o grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo", afirmou Bolsonaro.
"Por anos denunciei a proteção dada ao terrorista, aqui tratado como exilado político. Nas eleições, firmei o compromisso de mandá-lo de volta à Itália para que pagasse por seus crimes. A nova posição do Brasil é um recado ao mundo: não seremos mais o paraíso de bandidos!", completou.
Os assassinatos cometidos pelo PAC, grupo de luta armada de esquerda, sob responsabilidade de Battisti aconteceram entre 1977 e 1979. Foram mortos o agente penitenciário Antonio Santoro, o joalheiro Pierluigi Torregiani, o açougueiro Lino Sabadin e o agente policial Andrea Campagna.
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