Política

Atos anti-Bolsonaro levaram milhares às ruas de todo o país

As manifestações foram convocadas por mulheres e também reuniram homens. Participantes empunharam cartazes e fizeram críticas ao político, relacionando-o a atitudes machistas, misóginas, homofóbicas e racistas.

Folhapress

Publicado em 30/09/2018 às 17:59

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Salvador foi uma das cidades onde grande concentração de pessoas anti-Bolsonaro se uniram. / Reprodução/Lidice da Mata

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Protestos de rua contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) reuniram milhares de pessoas pelo país neste sábado (29), após a difusão do mote "#EleNão" em redes sociais. Foram registrados atos em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre, além de pelo menos outras 30 cidades no Brasil.

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As manifestações foram convocadas por mulheres e também reuniram homens. Participantes empunharam cartazes e fizeram críticas ao político, relacionando-o a atitudes machistas, misóginas, homofóbicas e racistas.

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Pelo mundo, houve protestos em Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Paris (França), Londres (Inglaterra), Lisboa (Portugal), Nova York e Washington (EUA) e Barcelona (Espanha).

Os presidenciáveis Marina Silva (Rede), Vera Lúcia (PSTU) e Guilherme Boulos (PSOL) estiveram na concentração do largo da Batata (zona oeste da capital paulista).

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Candidatas a vice, Manuela D'Ávila (PC do B), da chapa de Fernando Haddad (PT), Kátia Abreu (PDT), da candidatura de Ciro Gomes (PDT), e Sonia Guajajara (PSOL), vice de Boulos, também compareceram. Os candidatos deram entrevistas no local e tiraram fotos com eleitores.

A Polícia Militar não divulgou estimativa do número de pessoas no evento da capital paulista nem no do Rio. Em Brasília, foram 7.000 manifestantes, segundo a PM; organizadores falaram em até 40 mil.

Até a conclusão desta edição, não havia sido registrado nenhum incidente grave nas cidades com atos.

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O presidenciável do PSL foi chamado de "coiso", "inominável" e "sete peles" em discursos em um carro de som na capital fluminense. "Ele prega o ódio. Nós pregamos o respeito. Ele defende a morte e a tortura. Nós defendemos a vida. 

"Bolsonaro nunca", afirmava um texto lido na Cinelândia.

Nas ruas, as expressões "Ele não" e "Mulheres contra Bolsonaro" apareceram em camisetas, pintadas no corpo de manifestantes e em gritos. O roxo, cor escolhida para representar o ato, também podia ser visto em roupas e faixas, junto a reivindicações de tolerância, respeito e amor.

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A professora Madalena Peixoto, 65, disse participar da manifestação em São Paulo para "impedir que a ditadura volte". Na opinião dela, Bolsonaro é "fascista, machista e a favor da cultura do estupro".

Depois da concentração no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste), participantes andaram até a avenida Paulista.
Artistas como os atores Renata Sorrah, Débora Falabella, Caco Ciocler e Camila Pitanga, o músico Arnaldo Antunes e a apresentadora Fernanda Lima compareceram aos atos contra o deputado. A cantora Daniela Mercury cantou em um trio elétrico na manifestação em Salvador.

Celebridades internacionais como os cantores Madonna, Cher, Dua Lipa e Dan Reynolds usaram a hashtag #EleNão nos últimos dias.

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Bolsonaro é o líder das intenções de voto, com 28% no Datafolha. O segundo colocado é Fernando Haddad (PT), com 22%. No segundo turno, porém, o capitão reformado seria derrotado em todos os cenários simulados.

Apesar da presença de lideranças nos atos contra o deputado, a ordem era dar ao movimento um caráter apartidário. Em Brasília, menções a "Lula livre" e a "Haddad é Lula" foram ouvidas no protesto.

Em resposta ao movimento, também houve, em menor quantidade, atos de apoiadores do deputado federal, que deixou o hospital neste sábado após 23 dias internado.

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