Política

Aos gritos de Bolsonaro, Alckmin é vaiado em evento evangélico

A hostilidade começou quando quem discursava era o candidato a governador João Doria (PSDB). Doria cumprimentou "o próximo presidente Geraldo Alckmin"

Folhapress

Publicado em 27/09/2018 às 14:57

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Quando o tucano subiu ao palco, instantes depois, foi novamente vaiado. / Divulgação/Governo do Estado de SP

O candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, foi hostilizado no palco de um evento evangélico na manhã desta quinta-feira (27), em São Paulo. O público da Expocristã o vaiou e gritou o nome de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas.

Diante da adversidade, o tucano fez uma fala conciliatória pedindo orações para o país e foi aplaudido ao final. "A única coisa que peço é a oração de vocês para que Deus ilumine a todos os brasileiros e brasileiras. Feliz a nação cujo Deus é o senhor", declarou.

A hostilidade começou quando quem discursava era o candidato a governador João Doria (PSDB). Diferentemente de outros oradores, que se referiram a Alckmin apenas como ex-governador, Doria cumprimentou "o próximo presidente Geraldo Alckmin".

Em ambiente simpático ao capitão reformado do Exército, o público reagiu com gritos do nome de Bolsonaro. 

Quando o tucano subiu ao palco, instantes depois, foi novamente vaiado. 

"O que eu vi aqui foi uma plateia bem divida", disse Alckmin na saída a jornalistas. "É que você tem um pessoal mais ruidoso."

Aliado de Bolsonaro, o senador Magno Malta (PR-ES) foi ovacionado efusivamente ao subir ao palco dizendo representar o candidato, ainda internado. 

Pastor, Malta discursou contra a chamada ideologia de gênero e foi aplaudido ao definir que "a família tradicional é macho e fêmea, ponto".

Então mencionou o atentado a Bolsonaro, esfaqueado em Juiz de Fora (MG) no dia 6 de setembro.
"Temos um homem esfaqueado em praça pública. Por quê? Só porque falou essas coisas. 'Não, mas ele incita a violência...' Mas não tomou um tiro no peito, tomou uma facada. E agora vão proibir faca nos restaurantes? Nos frigoríficos, nos restaurantes? Vamos tirar as facas de dentro de casa?", discursou. 

Encerrou com o slogan da campanha do PSL, "O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

Doria começou e terminou sua fala com a saudação "a paz de Cristo". Disse que tem "participado sistematicamente de cultos evangélicos em São Paulo há três anos. Vou porque gosto". 

"Continuem a me convidar, porque eu lá estarei, não na condição de como político, de ex-político, de candidato. Mas de cristão", pediu.

Emendando na política, Doria incentivou o comparecimento às urnas. "Seja qual for o seu candidato, vote. Vote pelo Brasil."

Representando o adversário do tucano Márcio França (PSB), a primeira-dama Lúcia França fez um discurso de superação e o poder de Jesus.

O evento foi iniciado com o hino do Brasil e uma oração do apóstolo Estevam Hernandes. Depois das falas políticas, o mestre de cerimônias pediu respeito às diferenças. 

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