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Política

Aloysio Nunes critica discurso de 'meu país em primeiro lugar'

"Há uma tendência de muitos governos de que as regras de convivência internacional só são boas quando me favorecerem", disse o chanceler

Estadão Conteúdo

Publicado em 05/05/2017 às 21:00

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Aloysio Nunes (PSDB), fez um discurso de crítica ao protecionismo e ao nacionalismo / Matheus Tagé/DL

Sem citar nomes, mas com menções claras a discursos de líderes como o presidente americano, Donald Trump, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), fez nesta sexta-feira, 5, um discurso de crítica ao protecionismo e ao nacionalismo. 

"Há uma tendência de muitos governos de dizer 'meu país em primeiro lugar', de que as regras de convivência internacional só são boas quando me favorecerem", disse o chanceler ao abrir um seminário realizado nesta pela Fiesp sobre as negociações por um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. 

Ao tratar do tema central do evento, o chanceler considerou que o acordo terá um "enorme significado político", por ir contra o olhar que, segundo ele, se direciona ao passado dos movimentos refratários ao livre intercâmbio de mercadorias e à circulação das pessoas de um país a outro. 

Mais uma vez, Nunes disse estar otimista em relação a um acordo político entre os blocos sul-americano e europeu ainda neste ano O ministro frisou que não tem dúvida que a União Europeia aposta na sua sobrevivência, indo na contracorrente de propostas políticas que, para ele, estão sendo "felizmente" derrotadas. 

Por outro lado, o tucano destacou a maior convergência entre os sócios fundadores do Mercosul no fortalecimento do bloco como zona de livre comercio e de respeito à democracia. Essas são, conforme o ministro, duas "dimensões indissociáveis", razão pela qual Venezuela foi suspensa do Mercosul. Nesse ponto, ele destacou que 20 das 80 barreiras sanitárias ou fitossanitárias identificadas nas relações comerciais entre Brasil e Argentina já foram removidas. 

O tucano, ponderou que será preciso esperar o segundo turno da eleição na França, no domingo, 7, e as eleições legislativas na Alemanha, que acontecem em setembro, para discutir a abertura do mercado europeu aos produtos agrícolas sul-americanos, um tema "delicado" dessas negociações. 

Contudo, Nunes defendeu que, uma vez concluída a negociação, não haja retrocessos. "Temos que afastar a ideia de que protecionismo bom é o que defende meu mercado", disse. 

Mais tarde, em entrevista a jornalistas, o ministro evitou comentar qual seria o futuro do acordo no caso de vitória da nacionalista Marine Le Pen nas eleições francesas. "Acho que depende de como ela vai se colocar em relação à União Europeia. Ela já disse que vai sair da zona euro, depois disse que não é bem assim. Vamos aguardar a eleição na França. Não quero falar sobre eleição na França neste momento".

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