Polícia

Veleiros, satélites e cocaína: PF desmonta megaesquema de tráfico internacional

A movimentação dos agentes policiais ocorreu em diversas regiões do Brasil, incluindo a cidade de Santos. Além disso, as autoridades contaram com o apoio de entidades internacionais

Igor de Paiva

Publicado em 29/04/2025 às 09:17

Atualizado em 29/04/2025 às 12:55

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A ação ocorre em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina / Divulgação

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Nesta terça-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Narco Vela, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas. Ao todo, a Justiça Federal determinou o bloqueio e a apreensão de bens que, somados, chegam à casa de R$ 1,32 bilhão.

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A atuação ilegal do grupo tinha como principais destinos os continentes europeu e africano. Segundo a própria PF, os entorpecentes eram transportados por embarcações com capacidade de travessia oceânica, como veleiros e barcos equipados com tecnologia de mapeamento por satélite.

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Organização

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal concedeu entrevista à imprensa para divulgar mais detalhes sobre a operação.

De acordo com Osvaldo Scalezi Júnior, delegado da PF e responsável pela Narco Vela, a organização criminosa era dividida em diferentes núcleos.

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O principal deles estava sediado em Santos, no litoral de São Paulo, e era responsável por toda a logística de distribuição das drogas. “O núcleo mais atuante e estruturado era o da Baixada Santista. Ele cuidava do armazenamento e do transporte dos entorpecentes”, explicou Scalezi.

Outro núcleo da quadrilha era encarregado das negociações com países produtores de cocaína, como Peru, Colômbia e Bolívia. Essa mesma célula também se responsabilizava pela comercialização da droga e pela contratação das embarcações usadas nas travessias internacionais.

Números da operação

Mais de 300 policiais federais e 50 militares do estado de São Paulo participam da operação, que cumpre 4 mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão. Entre os bens apreendidos está um carro de luxo localizado em Riviera, Bertioga.

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A ação ocorre em diversos estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. Até o momento, 23 pessoas foram presas. A operação também conta com cooperação internacional, com desdobramentos nos Estados Unidos, Itália e Paraguai.

Como já mencionado, além das prisões e buscas, a Justiça Federal determinou o bloqueio e a apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão — incluindo uma Ferrari 296 GTB.

O início da investigação

A investigação teve início após a DEA (Drug Enforcement Administration), agência antidrogas dos Estados Unidos, comunicar às autoridades brasileiras que um veleiro nacional foi apreendido com três toneladas de cocaína, em fevereiro de 2023.

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A embarcação foi interceptada nas proximidades do continente africano. O episódio serviu como ponto de partida para a investigação, que conseguiu conectar apreensões anteriores à atuação da organização criminosa.

Além da DEA, também participaram da operação a Marinha dos Estados Unidos, a Guarda Civil Espanhola e a Marinha Francesa.

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