Polícia

Acusado de matar publicitário em Guarujá é preso após ficar foragido por 12 anos

Mãe da vítima fez busca incansável e foi fundamental para a diligência que resultou na captura, na Bahia

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 30/06/2021 às 12:11

Atualizado em 01/07/2021 às 09:14

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Maria de Fátima Zanon Pollison em entrevista em 2019 ao Diário do Litoral / Nair Bueno/DL

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A busca incansável de Maria de Fatima Zanon Pollisson, de 66 anos, pelo paradeiro do acusado de matar o filho dela, Daniel Zanon Pollison, de 30, em um latrocínio (roubo seguido de morte) no ano de 2009, em Guarujá, auxiliou a Polícia Civil a prender nesta quarta-feira (30) Cristiano de Jesus Aleixo, de 32, em Canudos, na Bahia.

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“Esses 12 anos esperando justiça foram longos demais. Nesse meio tempo meu marido se foi de tristeza. As nossas vidas não foram iguais. Nada mais é igual. Então a gente esperava justiça para que um dia a gente pudesse agradecer. Não foi em vão o que eu fiz ou o que nós fizemos”, disse Maria ao Diário do Litoral.

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Maria forneceu informações precisas sobre o paradeiro à equipe da 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) da Baixada Santista, que requereu à Polícia Civil da Bahia o cumprimento do mandado de prisão preventiva, que ocorreu na região indicada por Maria. 

Os corresponsáveis pela ação policial interestadual que resultou na prisão foram o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da delegacia especializada, e o investigador-chefe, Paulo Carvalhal, os mesmos policiais que esclareceram o crime, quando trabalhavam na Delegacia Sede de Guarujá. 

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Com base nas informações transmitidas pela Deic da Baixada, a equipe do delegado Paulo Jason de Melo Falcão, da Delegacia Territorial de Euclides da Cunha (BA), preparou a ação policial e surpreendeu Cristiano, por volta das 10h, na propriedade onde ele trabalhava como pedreiro.

“O Cristiano tão logo percebeu a presença da polícia tentou a fuga e houve uma perseguição. Mas em razão da preparação toda e da estratégia adotada pelo doutor Paulo e pela Polícia Militar o Cristiano acabou sendo capturado”, disse Lara ao Diário do Litoral na tarde desta quarta.

O delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior acionou a Polícia Civil da Bahia para o cumprimento do mandado de prisão preventiva na cidade de Canudos (Nair Bueno/DL)

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Lara destacou a importância da persistência da mãe do publicitário nas buscas pelo paradeiro de Cristiano. “Foi uma pessoa sempre muito aguerrida, que sempre procurou fazer a justiça para que a morte do seu filho fosse devidamente julgada pela Justiça com a prisão dos seus responsáveis”, disse o delegado.

O delegado comentou a complexidade das buscas ao longo de mais de uma década. “Durante muito tempo nós recebíamos algumas informações. Nós as checávamos, Inclusive no Nordeste. Houve indícios da passagem dele em diversas cidades. Em todas as ocasiões a Polícia Civil de SP fez contato com as polícias civis das regiões onde Cristiano era visto. As polícias civis dessas localidades sempre realizaram as diligências necessárias, contudo Cristiano nunca havia sido localizado”, disse Lara.

O crime

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Daniel estava na casa da família da namorada, no Guaiuba, quando foi morto com um tiro no tórax.

Cristiano e um adolescente à época, segundo a polícia, dominaram Daniel, a namorada dele e os pais dela e exigiram cartões bancários e senhas.

Conforme a investigação, enquanto o adolescente deixou a casa para tentar fazer saques, Cristiano manteve as vítimas sob ameaças de morte e atirou após Daniel e o pai da namorada dele reagirem.

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O adolescente cumpriu medida de internação pelo ato infracional. 

 

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