Polícia

Subsecretário de Praia Grande é alvo de investigação após morte de ex-delegado

As autoridades cumprem mandados de busca e apreensão em endereços do litoral sul de São Paulo, incluindo imóveis de Sandro Rogério Pardini

Giovanna Camiotto

Publicado em 30/09/2025 às 14:42

Atualizado em 30/09/2025 às 15:00

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Ruy Ferraz Fontes teve trajetória marcante na Polícia Civil de São Paulo / Reprodução

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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na segunda-feira (29) um mandado de busca e apreensão na residência de Sandro Rogério Pardini, o subsecretário de Gestão de Tecnologia da Prefeitura de Praia Grande. A operação também cumpriu outros oito mandados para tentar esclarecer o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida há duas semanas.

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A investigação ocorreu em endereços localizados em Santos, Praia Grande e São Vicente, todos no litoral sul paulista. A operação foi conduzida por equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, com apoio de policiais locais, para coletar evidências de possíveis irregularidades em contratos onde a vítima atuou como secretário de Administração.

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Segundo apuração do jornal O Globo, as autoridades visitaram uma das propriedades de Pardini em Santos e apreenderam cerca de R$ 100 mil em dinheiro, incluindo 50 mil reais, 100 mil dólares (R$ 53,2 mil) e mais 1.100 euros (R$ 6,8 mil). Foram recolhidos também aparelhos celulares, computadores, documentos e anotações que indicavam relações entre valores e nomes.

Pardini prestou depoimento na tarde de segunda (29) na condição de testemunha e forneceu as senhas necessárias para a continuidade da operação. Em nota, a defesa do subsecretario afirmou que os elementos estão em fase de análise e que ele nega veementemente qualquer participação no caso.

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“Sandro está à disposição das Autoridades para colaborar, naquilo que estiver ao seu alcance, no efetivo esclarecimento deste trágico ocorrido. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família. Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro”, diz a nota assinada pelos advogados Octávio Rolim, Patrícia Britto e Beatriz Mâncio.

Antes, Pardini também ocupou outros cargos na Prefeitura de Praia Grande, como nas secretarias da Administração e de Planejamento, além de ter sido diretor do Departamento de Integração da Informação do município.

A Prefeitura de Praia Grande garantiu que segue em contato com as autoridades para colaborar integralmente com as investigações, fornecendo imagens, dados e demais materiais solicitados. A administração também declarou que Pardini segue coordenando a pasta e que não há nenhuma medida em curso relacionada ao caso.

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"A Administração Municipal não recebeu qualquer comunicação oficial sobre buscas e apreensões relacionadas à operação mencionada, mas reforça que permanece à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários", declarou.

Ruy Ferraz Fontes tinha 64 anos e morava com a esposa em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. Ele não deixou filhos.

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