Polícia

STJ novamente revoga prisão do ex-goleiro Edinho

Defesa sustenta que o processo ainda não se encerrou em segunda instância, pois vai oferecer novos embargos de declaração

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 04/04/2017 às 18:12

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Se a nova liminar não tivesse sido deferida, Edinho se apresentaria na cadeia anexa ao 5º DP nesta semana / Matheus Tagé/DL

O ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deferiu na tarde desta terça-feira (4) nova liminar em habeas corpus para suspender a ordem de prisão do ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé.

O advogado de Edinho, Eugênio Malavasi, interpôs o habeas corpus sustentando que o processo – de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas - ainda não se encerrou em segunda instância, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), porque oferecerá embargos de declaração aos que foram rejeitados pela corte na semana passada.

“Serão opostos amanhã (5) novos embargos de declaração em face da obscuridade do acórdão (do TJ-SP).

Na avaliação do defensor, “novamente foi feita justiça, porque vigora o princípio da presunção de inocência”. “Antes do trânsito em julgado, não há razão plausível para a decretação da prisão cautelar do Edson”, diz.

Se a liminar não tivesse sido deferida, Edinho se apresentaria à Polícia Civil para o cumprimento do mandado de prisão. Entre 24 de fevereiro e 1º de março, ele ficou preso na cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos em virtude da condenação, em segunda instância, a 12 anos, 10 meses e 15 dias de prisão.

Em 2014, em virtude da condenação em primeira instância, a 33 anos e quatro meses de prisão, ele ficou preso em dois períodos, em julho e em novembro, sendo solto por liminares em habeas corpus do TJ-SP.

“Antes do trânsito em julgado, não há razão plausível para a decretação da prisão cautelar do Edson”, afirma o advogado Eugênio Malavasi (Foto: Matheus Tagé/DL)

Nota de Edinho

Por meio de nota à imprensa enviada no sábado (1º), Edinho afirmou que o Poder Judiciário não apresentou “uma gota de evidência” para condená-lo por lavagem de dinheiro.

Edinho listou oito questões, segundo ele, não respondidas pelo Judiciário. “Que dinheiro foi lavado? Quanto dinheiro é? Onde está esse dinheiro? Existe uma conta bancária relacionada a mim no processo? Recebi algum dinheiro ilícito de alguém? Como esse dinheiro foi lavado, qual a forma ou o mecanismo de lavagem que foi encontrado? Existe algum documento em que a acusação se apoia? Onde está o resultado dessa "lavagem"? Eu tenho (ou algum dia tive) bens ilícitos, hábito ou estilo de vida fora do meu real padrão financeiro?".

O ex-goleiro também afirma que reduzir a pena para 12 anos de prisão “ainda é um absurdo e uma injustiça”.  “Uma total inversão de valores”, frisa.

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