Polícia
Além da condenação penal, o promotor solicitou que o réu seja condenado ao pagamento de indenização por danos morais, no valor mínimo de R$ 100 mil
Conforme o promotor Fábio Fernandez, responsável pelo caso, o sargento demonstrava comportamento frio, agressivo e violento / Freepik
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A Vara do Júri de Santos recebeu na última sexta-feira (30) a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra um sargento da Polícia Militar acusado de matar brutalmente a própria esposa e tentar assassinar a filha do casal, de apenas 10 anos, durante um ataque ocorrido no dia 7 de maio deste ano, em uma clínica médica na cidade do litoral paulista.
Segundo a investigação, o crime foi premeditado e motivado por desentendimentos no relacionamento. O acusado invadiu o consultório onde sabia que a esposa e a filha estavam, atirou três vezes contra a mulher e desferiu mais de 50 golpes de punhal. A criança também foi baleada, sofrendo ferimentos nas pernas e em um dos braços, mas sobreviveu.
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Conforme o promotor Fábio Fernandez, responsável pelo caso, o sargento demonstrava comportamento frio, agressivo e violento, com histórico de ameaças e agressões físicas contra a companheira. Mesmo após a chegada de policiais militares ao local, o acusado dissimulou estar armado, conseguiu entrar na sala onde as vítimas se escondiam e cometeu o ataque.
Na denúncia, o MP pediu a condenação do réu a no mínimo 70 anos de prisão, com base em diversas qualificadoras: meio cruel, perigo comum, dissimulação, uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e emprego de arma de fogo de uso restrito.
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Também foram apontados agravantes, como o fato de o crime ter sido cometido contra a mãe, na presença da filha, e contra a própria descendente menor de 14 anos.
Além da condenação penal, o promotor solicitou que o réu seja condenado ao pagamento de indenização por danos morais, no valor mínimo de R$ 100 mil aos herdeiros da mulher assassinada e R$ 50 mil à filha sobrevivente.
O juiz responsável pelo caso determinou a realização de perícia toxicológica no acusado, após a defesa alegar que ele estaria sob efeito de calmantes no momento do crime.
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O caso segue em andamento na Justiça e a denúncia já foi recebida, tornando o sargento oficialmente réu no processo. O crime chocou a cidade de Santos e reacendeu o alerta para os casos de violência doméstica e feminicídio no país.