Polícia
Depois do primeiro disparo, confusão e gritos tomaram a frente da comunidade Vila Autódromo, localizada logo ao lado da Cidade do Rock. Mais tiros, desta vez com bala de borracha
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Faltavam quatro minutos para as 4h quando o primeiro tiro foi disparado. Partiu da arma de um policial militar à paisana, em direção a um guarda civil, na madrugada deste domingo, 27, para segunda-feira, na saída da Cidade do Rock, arena montada para a realização do Rock in Rio, em Jacarepaguá.
Depois do primeiro disparo, confusão e gritos tomaram a frente da comunidade Vila Autódromo, localizada logo ao lado da Cidade do Rock. Mais tiros, desta vez com bala de borracha. A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo contou 5 deles, enquanto passava no local logo no momento do fato.
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Ambulantes que vendiam cerveja, água e refrigerante no local contam que o policial militar, vestido com uma camiseta do Flamengo, se desentendeu com outro vendedor e, ao ser abordado por um Guarda Civil, fez o primeiro disparo. O oficial, cuja identidade foi mantida em sigilo pela assessoria de comunicação da PM, foi atingido na mão.
O policial também foi atingido pelas balas de borracha e rapidamente foi imobilizado por outros oficiais da Guarda Civil. Começou então uma discussão entre os militares, alguns se mostravam exaltados ao ver o companheiro no chão e pareciam violentos. O policial militar foi colocado em um micro-ônibus e, após um pequeno empurra-empurra, foi direcionado para o 16 DP Barra da Tijuca. O oficial atingido na mão foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra.
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O sangue, contudo, ficou ali, marcando o caminho de terra batida que conduzia o público da Estação Rock in Rio do consórcio de ônibus BRT até a Cidade do Rock. A confusão impediu algumas pessoas de saírem do festival por alguns minutos, o suficiente para que eles perdessem a condução até o Terminal Alvorada.
A Guarda Civil que restou no local não respondeu aos questionamentos do jornal O Estado de S.Paulo. Alguns ainda se mostravam agitados com o acontecido. Em nota oficial enviada à reportagem, a polícia militar divulgou que foi feito "um registro de resistência, ameaça e lesão corporal praticados por um policial militar". O guarda municipal foi autuado por lesão corporal. As armas de ambos foram encaminhadas à perícia e a polícia irá analisar o caso com o uso de imagens de câmeras de segurança instaladas no local.