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Polícia Civil desmantela esquema milionário de fraude bancária no litoral de SP

A Divisão de Crimes Cibernéticos descobriu envolvimento de funcionários da instituição financeira de Praia Grande e outras cidades do Estado

Giovanna Camiotto

Publicado em 29/10/2025 às 15:30

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O plano criminoso teria causado um prejuízo de mais de R$ 11 milhões / Divulgação/SSP

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A Polícia Civil deflagrou na terça-feira (28) a Operação "Swap Oculto" contra um esquema de fraude bancária que teria participação de funcionários de uma instituição financeira. O plano criminoso teria causado um prejuízo de mais de R$ 11 milhões.

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Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Sorocaba, Praia Grande, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e na capital paulista, além de outros municípios dos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. 

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A operação é resultado de uma investigação conduzida pela 4ª Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O banco vítima da fraude identificou movimentações financeiras fraudulentas em contas corporativas de clientes.

Desta forma, os investigadores rastrearam os envolvidos no esquema criminoso e constataram que colaboradores da instituição utilizaram suas credenciais para burlar protocolos de segurança e habilitar IDs corporativos (ferramentas de segurança de rede) de maneira indevida nos sistemas da instituição.

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Os dados permitiram o acesso de terceiros às contas do banco e o desvio milionário de valores sem a autorização dos titulares. Uma das empresas vítimas teve cerca de R$ 7,9 milhões desviados após a habilitação irregular de um novo ID.

"A Polícia Civil está cada vez mais atenta a colaboração dos 'insiders', que são funcionários das próprias instituições financeiras que fornecem informações privilegiadas para grupos criminosos. Eles dão acesso à porta de entrada do crime", afirmou o delegado Paulo Eduardo Barbosa, da DCCiber.

Os valores furtados caíram em contas de "laranjas" e empresas de fachada. Parte do montante foi convertido em criptomoedas do tipo USDT (Tether), movimentadas por meio de uma corretora de bitcoin e encaminhadas para carteiras digitais externas.

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No total, foram apreendidos nove celulares, cinco notebooks, três CPUs, um HD e uma motoaquática. Aproximadamente 220 mil dólares em criptoativos foram bloqueados judicialmente. As investigações tentam identificar outros beneficiários.

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