A Polícia Civil prendeu, no começo da noite deste domingo (9), seis PMs envolvidos na morte de Maycon de Moraes. Três deles estavam na viatura que supostamente trocou tiros com os jovens e serão indiciados por homicídio. Os outros três, que eram de uma viatura de apoio, responderão por tentativa de homicídio. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Charles We Ming Wang, com base em testemunhos de vizinhos e parentes, entendeu que há indícios de execução e de que provas foram forjadas.
Ao longo do dia, o chefe de policiamento da PM na zona norte, coronel Audi Felix, havia dito desconhecer denúncias de truculência policial e que a abordagem do Passat, à primeira vista, teria sido "legítima".
"Em princípio, a ocorrência parece ter todos os indícios de uma ação legítima da Polícia Militar. Se houver indícios de ilegalidade da nossa parte, isso será apurado. A Polícia Militar não admite truculência. Nossa ação tem de ser com rigor, com vigor, mas nunca com violência." De acordo com o coronel, o Passat foi abordado por apresentar atitude suspeita, mas ele não soube precisar qual foi.
Quando foram anunciadas as prisões dos PMs, Felix disse haver "divergência na versão de policiais e testemunhas". "Pessoalmente fico triste pois são companheiros de trabalho. Torcemos para que toda a verdade venha à tona."
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