Polícia

PF descobre esquema que desviou milhões do FGTS de jogadores de futebol

Na 3ª fase da Operação Fake Agents, policiais cumpriram mandados no Rio de Janeiro e apuram desvio de cerca de R$ 7 milhões

Ana Clara Durazzo

Publicado em 13/11/2025 às 08:50

Atualizado em 13/11/2025 às 09:16

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Nesta etapa, os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro / Divulgação/Polícia Federal

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a 3ª fase da Operação Fake Agents, que investiga um esquema de falsificação de documentos, estelionato e associação criminosa voltado a saques fraudulentos do FGTS de jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores.

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Nesta etapa, os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro — três em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal e um em uma agência da instituição, localizada no Centro da capital fluminense.

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R$ 7 milhões desviados e novas vítimas identificadas

Segundo a PF, o grupo criminoso já teria desviado cerca de R$ 7 milhões por meio de saques indevidos de contas vinculadas ao FGTS de atletas brasileiros e estrangeiros, além de técnicos que atuam ou atuaram no futebol nacional.

As investigações identificaram novas vítimas do mesmo grupo, que agia a partir do Rio de Janeiro. No centro da fraude está uma advogada apontada como líder do esquema, que utilizava contatos dentro da Caixa para facilitar o levantamento irregular dos valores.

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A profissional teve a carteira da OAB suspensa.

Como funcionava o golpe

O inquérito foi aberto após um banco privado denunciar à PF a existência de uma conta aberta com documentos falsos em nome de um jogador de futebol. A conta recebia valores transferidos da Caixa, referentes a saques fraudulentos do FGTS desse atleta.

De acordo com as apurações, somente nessa conta o prejuízo estimado é de R$ 2,2 milhões. O dinheiro era movimentado rapidamente entre diferentes contas bancárias, dificultando o rastreamento.

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A Área de Inteligência e Segurança da Caixa prestou apoio à operação, que tenta identificar todos os envolvidos e mapear o fluxo dos recursos desviados.

Crimes e penas

Os investigados poderão responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de novas acusações que possam surgir com o avanço das investigações.

A Operação Fake Agents, iniciada em fases anteriores, tem como foco golpes financeiros envolvendo uso indevido de identidades de atletas, que se tornaram alvos preferenciais de organizações criminosas devido aos altos valores depositados em contas de FGTS e premiações.

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