Foram 13 endereços invadidos ao amanhecer, todos em Jacupiranga / Divulgação/Polícia Civil
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A manhã desta terça-feira (25) amanheceu pesada em Jacupiranga. Silenciosos, mas precisos, os policiais da Delegacia Seccional avançaram por ruas e estradas para cumprir mandados de busca e apreensão que vinham sendo preparados há meses.
No centro do alvo, um esquema escuro e calculado, rifas ilegais online, movimentações financeiras opacas, lavagem de dinheiro e crimes de trânsito, todos orbitando figuras conhecidas das redes sociais, influenciadores seguidos por milhões.
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Depois de uma investigação minuciosa, sete nomes emergiram das sombras. Indiciados, eles são acusados de montar uma estrutura pensada para esconder dinheiro ilícito, movendo valores por laranjas, empresas de fachada e investimentos "limpos" com o objetivo de mascarar uma origem que nunca poderia vir à luz. A Justiça autorizou medidas cautelares, abrindo o caminho para a intervenção policial.
Foram 13 endereços invadidos ao amanhecer, todos em Jacupiranga. Ali, entre portões metálicos e galpões silenciosos, surgiram as provas: bens, documentos e valores que contam a história de um sistema criado para ocultar fortuna.
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Muitos imóveis, segundo a investigação, foram comprados com dinheiro das rifas ilegais — patrimônios erguidos sobre um rastro digital de apostas clandestinas.
O clima ficou ainda mais denso quando, em um dos alvos, os investigadores encontraram um influenciador de 22 anos, que foi preso em flagrante. Dentro de sua residência, escondidas como quem guarda segredos perigosos, estavam uma pistola 9 mm, um revólver calibre 38 com numeração raspada e dezenas de munições.
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O que a polícia recolheu durante o dia compõe quase um inventário de uma vida dupla: 15 carros, 8 caminhões, 1 carreta, 5 caminhonetes, 44 motos, 2 micro-ônibus, 9 tratores, 6 máquinas agrícolas, 3 jet-skis, além de toneladas de produtos agrícolas, cheques, dinheiro vivo e objetos variados. Uma fortuna espalhada em peças que, pouco a pouco, começam a se encaixar.
As armas, os veículos, os documentos e o dinheiro agora seguem para análise na próxima fase da investigação, que mergulhará mais fundo nas acusações de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O influenciador preso foi encaminhado ao sistema penitenciário.
E as diligências continuam, avançando por entre negócios, perfis digitais e portas que ainda não se abriram — onde a polícia acredita que mais peças desse tabuleiro sombrio ainda aguardam para ser reveladas.
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