Polícia

Operação Midas detém 473 pessoas na Baixada e Vale do Ribeira

Em todo o Brasil, a operação capturou 2.743 pessoas; ação visou combater roubos, latrocínios e outros crimes

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 27/09/2018 às 22:03

Atualizado em 23/05/2021 às 00:57

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Uma das principais capturas na Baixada Santista foi a de um procurado por homicídio que foi encontrado em Praia Grande / Divulgação/Polícia Civil

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A operação nacional Midas, a terceira coordenada pelo Sistema Único de Segurança Pública (Susp), deteve 473 pessoas na Baixada Santista entre quarta-feira (26) e hoje (27). Em todo o Brasil, a operação, deflagrada pelas polícias civis estaduais, capturou 2.743 pessoas.

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O principal objetivo da ação, que ocorreu em 25 estados e no Distrito Federal, foi combater crimes patrimoniais como assaltos e latrocínios (roubos seguidos de morte).  A denominação da operação é uma referência metafórica ao conto de um rei que transformava em ouro as coisas que tocava. O principal mal era a ganância, característica ligada a crimes patrimoniais.

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O número de detenções na Baixada e Vale foi muito expressivo quando comparado a outros  departamentos regionais do Estado de São Paulo, conforme informou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), Manoel Gatto Neto. 

Uma das principais capturas, realizada em Praia Grade, foi a de um procurado por homicídio localizado por policiais do Setor de Homicídios da Delegacia Especializada Antissequestro  (Deas) de Santos.

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Em entrevista coletiva, o diretor do Deinter-6 anunciou que na operação foram apreendidos mais de 93 quilos de drogas, entre maconha, cocaína e crack, 109 litros do tóxico lança-perfume, oito armas de fogo e oito carros furtados ou ­roubados.

Gatto Neto frisou que a operação faz com as estatísticas criminais voltam a cair e destacou a importância do trabalho acontecer de maneira integrada no país, para evitar eventuais fugas dos alvos. “Acontecendo em todos os lugares ao mesmo tempo, com todo o efetivo na rua cumprindo essas ordens, a eficiência é maior realmente”.

Dos 473 detidos na Baixada e Vale, 162 tinham ordem de prisão decretada, 44 foram presos em flagrante, 27 são adolescentes e 240 são acusados de crimes de menor potencial ofensivo, sendo liberados após registros de Termos Circunstanciados (TC´s).

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Participaram da blitz 351 policiais do Deinter-6, que agiram em 134 viaturas. Não houve registro de confrontos.

Mais 2,7 mil pessoas são presas no país

A Operação Midas cumpriu 901 mandados de busca e apreensão em 25 estados e no Distrito Federal e prendeu um total de 2.743 pessoas, dos quais 164 adolescentes, que foram apreendidos. A operação recolheu 160 armas em dois dias de atividades, das quais participaram 10.249 policiais civis.

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“Ao tirar 2.743 criminosos que cometeram, estavam para cometer e, às vezes, já tinham cometido diversos outros crimes, [a polícia] evidentemente combate a violência e amplia a percepção de segurança das pessoas”, afirmou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A operação também recuperou 103 veículos roubados.

O ministro ressaltou que o combate aos assaltos às agências bancárias e caixas eletrônicos inibe o financiamento de outros crimes. De acordo com ministro, até o fim do ano, a pasta deve articular mais três operações nacionais integradas de combate à criminalidade.

“Nós estaremos em breve fechando um acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que reúne todos os bancos brasileiros, para, conjuntamente, a partir de informações que vêm dos próprios bancos e da inteligência, avançarmos no sentido de combater esse crime que é, sem sombra de dúvida, base e gera recursos de giro para outros crimes e, por isso mesmo, tem que ter prioridade no seu combate”, afirmou Jungmann.

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Segundo o presidente do Conselh o Nacional de Chefes de Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, uma investigação prévia em Goiás levou à apreensão de 33.495 comprimidos de ecstasy, avaliada em mais de R$ 500 mil. “Embora seja de pequeno valor em termos de volume, é de grande valor pelo significado: a venda desse tipo de droga”, disse Wendt.

“Em vários estados há, também, a correlação do crime patrimonial com o tráfico de drogas, uma relação que não se via 20 anos atrás justamente porque esses grupos acabam atuando de maneira organizada, faccionada, fazendo com que um delito fomente o outro”, completou. (Agência Brasil)

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