Polícia
'Carbono Oculto' mira ocultação de patrimônio via fundos de investimento; Justiça bloqueou R$ 1,2 bilhão em bens e valores
Polícia Federal deflagrou a Operação Carbono Oculto, que atingiu a Faria Lima e algumas das principais instituições financeiras do país / Fernando Stankus/Flickr
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28) a Operação Carbono Oculto, que atingiu a Faria Lima e algumas das principais instituições financeiras do país, entre elas Reag Investimentos, Banco Genial, Trustee e Buriti.
O alvo é um esquema de gestão fraudulenta que teria sido utilizado para ocultar patrimônio ligado a facções criminosas, incluindo o PCC.
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Segundo a PF, centenas de instituições são investigadas, especialmente fundos de investimento imobiliário, multimercado e multiestratégia.
A Justiça Federal determinou o sequestro integral dos fundos usados na movimentação ilícita e bloqueou bens e valores até o limite de R$ 1,2 bilhão, montante correspondente às autuações fiscais já realizadas.
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A investigação aponta que a estrutura criminosa funcionava por meio de múltiplas camadas societárias e financeiras. Fundos de investimento possuíam participação em outros fundos e empresas, em uma teia que dificultava a identificação dos beneficiários reais.
Entre as estratégias estariam operações simuladas de compra e venda de imóveis e títulos, sem propósito econômico, apenas para disfarçar a origem dos recursos.
Em comunicado, a Reag confirmou o cumprimento de mandados em suas sedes e informou que colabora integralmente com as autoridades, fornecendo documentos e informações solicitadas. As demais instituições citadas foram procuradas e ainda não se manifestaram.
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