O ex-delegado Ruy Ferraz em entrevista ao SBT meses antes de ser morto / Youtube/SBT
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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) denunciou oito pessoas pela execução do ex-delegado geral da Polícia Civil paulista, Ruy Ferraz Fontes, morto em 15 de setembro em Praia Grande (SP). Ferraz, que dedicou mais de 40 anos à instituição e atuava como secretário de Administração da prefeitura local, teria sido alvo de um plano ordenado pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC), em represália à sua atuação policial.
Segundo a investigação, o crime começou a ser planejado em março de 2025, envolvendo furtos de veículos, compra de armas de uso restrito e definição de imóveis usados como base logística na Baixada Santista. No dia do ataque, os acusados emboscaram o ex-delegado na saída da prefeitura, dispararam contra ele com fuzis, incendiaram um dos carros utilizados na ação e ainda cometeram duas tentativas de homicídio contra pessoas atingidas pelos tiros durante a fuga.
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A denúncia apresentada inclui os crimes de homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, favorecimento pessoal e participação em organização criminosa armada. O Ministério Público informou ainda que um dos envolvidos morreu em uma tentativa de prisão realizada pela polícia.
As investigações também revelaram que, dias antes do assassinato, Ferraz havia demonstrado preocupação com uma licitação em sua secretaria, segundo relato da esposa à Polícia Civil. O depoimento reforça a hipótese de que o ataque tenha sido motivado por retaliação às ações dele contra a facção criminosa.
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