O Ministério Público Estadual (MPE) vai recorrer da decisão do Tribunal do Júri que absolveu na sexta-feira (20) o policial militar Anderson Willians da Silva, acusado de matar o ex-secretário de Governo de Guarujá Ricardo Joaquim, em 2012. De acordo com a assessoria de imprensa do MPE, o recurso está em fase de elaboração no núcleo santista do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O julgamento, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, durou três dias.
Ao ser interrogado, o PM afirmou que estava em um supermercado em Praia Grande no momento do crime. A versão foi corroborada pela mulher dele e por uma amiga da mulher dele em plenário.
Para o advogado do PM, Alex Sandro Ochsendorf, foi provado no plenário que “Ricardo Joaquim era uma pessoa honesta e foi provado que o Anderson Willians não cometeu o crime”.
Assistente da acusação, o advogado Joaquim Fernandes afirma que há contradições nas versões do PM, da mulher dele e da amiga dela sobre o álibi. Ele também afirma que a defesa visou “desqualificar” o delegado que investigou o caso.
Para Fernandes, o júri deve ser anulado. “Não descansarei”, afirma.
Outros réus
Também respondem pelo crime o ex-policial militar George de Almeida, preso preventivamente, e os empresários Felício Bragante e Edis Vedovatti, soltos. O ex-policial militar, segundo o MPE, participou com Silva da execução e os empresários foram os mandantes.
As defesas destes três réus recorrem da sentença de pronúncia (que determinou que os acusados sejam submetidos a júri).