23 de Abril de 2024 • 18:44
Roupas do acusado foram apreendidas na casa dele, no Humaitá, e reconhecidas pelo PM vítima do crime / Divulgação/Polícia Civil
Um motorista de aplicativo foi preso pela Polícia Civil nesta sexta-feira (2) sob a acusação de ter tentado matar um policial militar na madrugada do último dia 25, no Humaitá, na Área Continental de São Vicente.
Ao ser interrogado sobre o crime, Nilson Nery Júnior, de 35 anos, confessou o delito, segundo a polícia. Ele disse que com mais dois comparsas pretendia executar o policial e depois subtrair a arma dele.
Atingido de raspão por tiros no rosto e no ombro, o policial reagiu e disparou duas vezes, atingindo o carro usado pelo trio, e evitando a execução. Ele já reconheceu Nilson e as roupas que o acusado usava no momento do crime. As peças de vestuário foram apreendidas pelos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos na casa do motorista, no mesmo bairro onde o crime foi cometido.
No atentado, Nilson estava como passageiro no Chevrolet Onix que ele usa para atender corridas no aplicativo. Usando uma escopeta, ele atirou contra o PM em um ponto de ônibus na Rua Valter Melarato por volta das 4h. A vítima estava fardada e iria para a capital, onde trabalha.
Simulação
Para tentar ocultar sua participação no crime, segundo a polícia, Nilson ligou para a PM cerca de 20 minutos após o delito e disse que teve o Onix roubado. O veículo foi apreendido pela PM após ter sido abandonado no Humaitá.
Dias depois, da condição de vítima, Nilson passou a ser investigado devido às suspeitas que recaíam sobre a sua versão. A equipe do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da DIG, e do investigador-chefe, Paulo Carvalhal realizou diligências e requereu a prisão temporária dele e um mandado de busca e apreensão para o apartamento dele.
“Vimos que ele estava com o celular, que o aparelho não tinha sido roubado, e ele acabou por falar. Trouxemos ele para delegacia e ele acabou confessando”, informou Carvalhal.
Nilson tem antecedente por roubo e estava fazendo corridas no aplicativo havia três meses. Ele ainda não tem advogado, segundo a polícia.
Estão avançadas, ainda de acordo com Carvalhal, as investigações sobre os outros dois envolvidos no crime.
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