Polícia
O crime ocorreu em uma casa de veraneio em Guarujá; defesa de Cristiano Aleixo vai pedir habeas corpus ao Tribunal de Justiça e diz que ele nega o crime
Maria de Fátima Pollisson com reportagem do Diário publicada em 17 de março de 2009 / Nair Bueno/DL
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O latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o publicitário Daniel Zanon PolLisson, de 30 anos, em Guarujá, completará 10 anos no próximo dia 15 e o acusado de atirar, Cristiano de Jesus Aleixo, de 30 anos, segue foragido.
O advogado de Cristiano, Frederico Antônio Gracia, foi constituído recentemente e afirma que o cliente nega o crime. Gracia informou que vai pedir habeas corpus ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e diz que provará a inocência de Cristiano.
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Um adolescente de 17 anos foi detido no ano do crime e chegou a ser internado na Fundação Casa. Hoje ele está preso por roubo na fase adulta.
A mãe da vítima, Maria de Fátima Zanon Pollisson, de 64 anos, faz uma busca incansável, por meios próprios, pelo paradeiro de Cristiano.
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Ao ser informada pela Reportagem na sexta-feira (1°) sobre o fato de Cristiano negar o crime, ela disse que acredita na investigação realizada, como os reconhecimentos dos acusados feitos pelas outras vítimas.
Maria relatou à Reportagem o drama que vive pelo paradeiro ignorado de Cristiano. "Dez anos eu acho que é um tempo longo demais para uma mãe esperar para que seja feita a prisão do assassino. Só quero a Justiça e que o Cristiano seja preso e pague pelo erro que ele cometeu", afirma Maria de Fátima.
Ela diz que regularmente faz buscas na internet para tentar identificar algum rastro deixado por Cristiano.
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Como existe a suspeita que Cristiano voltou para Canudos (BA), sua cidade de origem, Maria de Fátima telefonou no ano passado para um delegado daquela cidade e enviou foto do foragido e informações do caso. "Ele se prontificou a me ajudar e disse que se tivesse alguma novidade entraria em contato comigo", diz.
Quem tiver informações que ajudem na investigação do paradeiro deve entrar em contato com o Disque-Denúncia (181) ou com a Delegacia de Guarujá, pelo telefones 3386-6992.
O crime
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Daniel estava na casa da família da namorada, no Guaiuba, quando foi morto com um tiro no tórax.
Cristiano e o adolescente à época, segundo a polícia, dominaram Daniel, a namorada dele e os pais dela e exigiram cartões bancários e senhas.
Conforme a investigação, enquanto o adolescente deixou a casa para tentar fazer saques, Cristiano manteve as vítimas sob ameaças de morte e atirou após Daniel e o pai da namorada dele reagirem.
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