Polícia

Moradores de rua depredam estação da Sé em SP; houve confronto com guardas

Segundo funcionários do metrô, o tumulto começou por volta das 16h15, quando um grupo de ao menos dez pessoas entrou na estação com pedaços de pau e pedras.

Folhapress

Publicado em 27/04/2019 às 17:32

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Guichês foram parcialmente destruídos. / Reprodução/Facebook

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Uma briga entre moradores de rua e guardas do metrô deixou pelo menos duas pessoas feridas nesta sexta-feira (26) à tarde na Sé (região central). Equipamentos da estação também foram vandalizados -dois guichês de venda de bilhetes tiveram as janelas quebradas, e a maior parte dos terminais de autoatendimento foram depredados. Além disso, três catracas foram danificadas e precisaram ser interditadas. A confusão só foi apartada com a chegada da PM.

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Segundo funcionários do metrô, o tumulto começou por volta das 16h15, quando um grupo de ao menos dez pessoas entrou na estação com pedaços de pau e pedras. Testemunhas disseram que foi um ato de retaliação.

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Pouco antes, um agente de segurança teria agredido um morador de rua que pedia dinheiro lá dentro.

"Eles jogaram as coisas dele para fora e o empurraram na escada rolante. Quando ele tentou voltar, tomou uma cacetada no rosto de um dos guardas", disse o advogado Alan Eder, que gravou a cena com o celular. Na filmagem, o homem aparece com o rosto ensanguentado enquanto é socorrido por alguns usuários do metrô. A poucos metros, alguns guardas lançavam intimidações. 

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Eder, que passa frequentemente pela Sé, diz que é comum ver seguranças abordando moradores de rua de forma truculenta. "A gente sempre vê esse tipo de coisa, mas nunca uma reação dessa proporção", afirma.

Por volta das 18h desta sexta, ainda havia pelo menos 20 guardas controlando a movimentação no local, muitos deles redirecionados de outras estações. Devido aos equipamentos danificados, as filas das catracas chegavam até as saídas.
"Aqui é cheio todo dia, mas hoje está três vezes mais", disse uma funcionária que ajudava a organizar o fluxo de passageiros.

"Foi uma situação muito tensa, ninguém entendeu direito na hora. A gente só via gente correndo e gritando", acrescentou.

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Questionado pela reportagem, o Metrô de São Paulo, sob a gestão João Doria (PSDB), disse que o que houve foi um princípio de tumulto rapidamente controlado. Mais tarde, o órgão confirmou o confronto.

O Metrô confirmou, em nota, que ocorreu "um conflito entre um grupo de moradores de rua, que consumiam drogas, e agentes de segurança do Metrô".

A nota da companhia diz que um agente de segurança e um passageiro foram feridos durante a confusão e levados a hospitais da região.

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"Um dos vândalos foi detido e está sendo encaminhado à Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), onde a ocorrência será registrada."

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