Polícia
Segundo o órgão, o objetivo é desmantelar uma rede que envolve empresários, traficantes e integrantes da facção criminosa PCC
A Operação Off White visa desmantelar esquema de empresários, traficantes e integrantes de facção / Divulgação/MPSP
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O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e o 1º BAEP de Campinas deflagraram nesta quinta-feira (30) a Operação Off White, ação voltada a desmantelar uma rede de lavagem de dinheiro que envolvia empresários, traficantes e integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
As apurações tiveram como ponto de partida informações obtidas nas investigações Linha Vermelha e Pronta Resposta. A partir desse material, os promotores identificaram movimentações financeiras suspeitas e vínculos diretos entre os investigados, que vinham acumulando patrimônio oriundo do tráfico de drogas ao longo dos últimos anos.
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Segundo o MP, o grupo mesclava recursos ilícitos com ganhos declarados de empresas formais, utilizando negócios legítimos para mascarar a origem criminosa dos valores. A Operação resultou na prisão de três suspeitos, incluindo o "Diabo Loiro", apontado como uma das lideranças do PCC.
A ação foi realizada em Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu e cumpriu nove mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, visando desarticular o esquema de lavagem de dinheiro. Durante as diligências, um criminoso foi morto em confronto com policiais militares do BAEP. Um sargento também foi atingido, mas foi socorrido e passa bem.
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O esquema envolvia aquisição e negociação de imóveis, além de outras operações financeiras destinadas a diluir e dispersar o dinheiro, dificultando sua rastreabilidade.
Com o avanço das investigações e tensões internas entre os membros do esquema, agravadas após ações policiais anteriores, os criminosos iniciaram uma corrida para transferir bens e ocultar beneficiários. Ainda assim, o GAECO conseguiu mapear as transações e comprovar a continuidade dos crimes.
A Justiça acolheu os pedidos do MP e decretou nove prisões preventivas, além de 11 mandados de busca e apreensão. Foram também determinados o bloqueio de valores em contas bancárias e o sequestro de 12 imóveis de alto padrão.
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As autoridades afirmam que os trabalhos continuam para identificar outros integrantes da organização e rastrear bens ainda não localizados.