19 de Março de 2024 • 09:22
Polícia
Defesa sustenta que o celular de Caio Cardoso, de 18 anos, contém provas de que ele estava em casa no momento em que o crime ocorreu, na noite de segunda-feira (18)
Caio Cardoso deverá deixar o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente ainda hoje / Reprodução/Facebook
O juiz Alexandre Torres de Aguiar, da 1ª Vara Criminal de São Vicente, revogou a prisão preventiva do barbeiro Caio Charles dos Santos Cardoso, de 18 anos, que está preso desde a madrugada de terça-feira (19) acusado de roubo. Caio nega qualquer participação no crime e diz que estava em casa, na Vila Margarida, no momento em que o assalto ocorreu, na noite de segunda-feira (18), no bairro Parque Bitaru. O alvará de soltura do rapaz, que está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, deverá ser cumprido ainda hoje.
O barbeiro foi detido pela Polícia Militar na garupa de uma moto, na Avenida Capitão Luis Antônio Pimenta, e reconhecido na Delegacia Sede de São Vicente pela vítima, uma auxiliar administrativa de 22 anos. Ele foi autuado em flagrante e no dia seguinte teve a prisão convertida em preventiva em audiência de custódia.
O advogado de Caio, Rodrigo Neves da Costa, que requereu a revogação da prisão, afirma que o conteúdo do celular do barbeiro prova a inocência dele, já que os dados de geolocalização indicam que ele estava em casa.
“A gente juntou o histórico de utilização. Naquele período todo, ele (Caio) estava mexendo no WhatsApp, no Youtube e no Facebook”, afirma o advogado. Prints foram enviados à Reportagem.
Costa também afirma que irá enviar ofício para o Google para a ratificação das informações sobre o aparelho, cujo sistema operacional, o Android, é da multinacional norte-americana.
"No dia da audiência de custódia, quando ele foi para cela da carceragem, ele chorava desesperadamente gritando que não foi ele. Ele estava indignado", relata o advogado.
No momento em que foi abordado pela PM, por volta de 0h40 de terça, o barbeiro estava indo comprar droga com o condutor da moto, um balconista de 23 anos. O defensor disse que os pais dos dois jovens já os repreenderam pelo ato.
Fundamentação
O juiz Alexandre Torres Aguiar considerou que as afirmações e dados apresentados pela defesa servem de elementos para, ao menos neste juízo de cognição sumária, considerar que os indícios de autoria até aqui existentes não justificam, por si sós, a decretação da prisão preventiva.
“Ressalte-se que é absolutamente prematura e temerária qualquer análise efetiva do mérito, ficando presente decisão restrita à apreciação do cabimento, ou não, de medidas cautelares diversas da prisão preventiva, consta na decisão", proferida nesta quarta-feira (20).
Ao revogar a preventiva, o juiz impôs como medidas cautelares o comparecimento de Caio ao Juízo toda vez que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal, proibição de mudar de residência sem prévia permissão do Juízo ou ausentar-se por mais de oito dias de sua residência sem comunicar o local onde será encontrado.
O roubo
A vítima chegava em sua residência, na Avenida Capitão Mor Aguiar, quando dois criminosos se aproximaram de motocicleta, por volta das 23h45. A vítima fechou o portão, mas um dos bandidos forçou a entrada e acessou o quintal. Apontando uma arma de fogo para a moradora, o ladrão, que estava sem capacete, se apoderou da mochila dela, contendo celular e um carregador magnético, e escapou.
Ao comunicar o caso à PM, via Centro de Operações, a mulher disse que o bandido que a dominou é alto e usa barbixa. Caio tem 1,90m e usa cavanhaque.
Para o advogado do barbeiro, a vítima, pelo nervosismo, pode ter feito o reconhecimento de modo errôneo.
Cotidiano
As alterações ocorrem por conta da realização de diversos eventos alusivos ao aniversário de Cubatão
Cotidiano
As homenagens ocorrerão durante sessão solene, na Sala Princesa Isabel, do Paço Municipal, às 19 horas