Polícia

Justiça mantém preso padrasto de bebê assassinado em PG e solta mãe

Audiência de custódia foi realizada no Fórum de Santos

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 07/01/2020 às 16:41

Atualizado em 07/01/2020 às 16:46

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Anthony Daniel de Andrade Moraes tinha 1 ano e três meses / Reprodução

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A Justiça converteu para preventiva a prisão do gráfico acusado de matar o enteado, de um ano e três meses, e determinou a soltura da mãe do menino, que teve o flagrante de falso testemunho relaxado.

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As informações sobre a audiência de custódia, que ocorreu nesta segunda-feira (6) no Fórum de Santos, foram divulgadas nesta terça-feira (7) pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

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O gráfico foi recolhido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande. 

O bebê Anthony Daniel de Andrade Moraes teve o crânio e o tórax fraturados, mordidas no rosto, além de lesões em diversas partes do corpo. O acusado nega o crime e diz que o bebê se acidentou.

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O próprio padrasto e a mãe do menino o levaram de casa, no Jardim no Melvi, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Samambaia, onde ela já chegou morto na noite de domingo (5).

A mãe do bebê foi detida acusada de prestar falso testemunho, pois a Polícia Civil afirma que ela deu diversas versões diferentes para os fatos que levaram à morte dele.

O delegado Alexandre Comin, da Delegacia Sede de Praia Grande, estipulou fiança de 10 salários mínimos para a mulher. Como o valor não foi pago, ela foi mantida presa até a audiência.

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O homem foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação ou outro recurso.

O irmão de Anthony, de cinco anos, disse ao delegado, na presença de uma conselheira tutelar, que as mordidas no rosto do menino foram dadas pelo padrasto.

A criança ainda disse para a autoridade policial que seu irmão gritava muito na tarde de domingo devido aos ferimentos.

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Versões

Ao negar o crime, o padrasto diz que o bebê "caía muito, tropeçava muito em todos os lugares" da casa e por isso teve as lesões. Com relação às mordidas no rosto, ele afirma que o cão filhote de labrador da família que atingiu o menino. A descrição médica, porém, constatou que as mordidas são de humano.

Os exames ainda detectaram as diversas fraturas, incluindo ósseo nasal, na mandíbula e na clavícula.

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A mãe de Anthony relata que ele teve uma queda de escada caracol na sexta-feira (4) e diz que as lesões não foram produzidas pelo marido.

Ao ser questionada sobre o motivo de não ter levado o menino a um hospital após a suposta queda da escada, ela afirmou que "trabalha muito e não teve tempo".

Cocaína

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Durante uma revista, policiais da Delegacia Sede encontraram com o acusado uma cápsula de cocaína, de acordo com o registro do caso.

Na casa onde a família residia, situada na Rua Monte Serrat, 103, no Melvi, a perícia do Instituto de Criminalística (IC) apreendeu cápsulas para armazenar o entorpecente vazias.

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