Fernanda Cerqueira e Sergio Cerqueira foram casados por 12 anos; rompimento ocorreu em agosto de 2015 / Reprodução
Continua depois da publicidade
O Tribunal do Júri condenou nesta quinta-feira (17) o técnico Sergio de Souza Cerqueira, de 36 anos, a 17 anos e quatro meses de prisão pela morte da ex-mulher, a estudante de Direito Fernanda Pimenta Cerqueira, assassinada por asfixia mediante esganadura em janeiro deste ano, em Vicente de Carvalho. O regime inicial da pena é o fechado.
O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público (MP), de que Cerqueira cometeu homicídio qualificado por emprego de meio cruel (asfixia), recurso que dificultou a defesa da vítima (dissimulação) e feminicídio, e também o crime de ocultação de cadáver. Atuaram na acusação o promotor Gustavo Roberto Costa e o advogado Anderson Real, assistente.
Continua depois da publicidade
Ao ser interrogado pelo juiz Edmilson Rosa dos Santos, Cerqueira negou o crime e relatou ter sido vítima de tortura para assumir a autoria do delito, em janeiro, na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos. O advogado Marco Antônio Botelho pleiteou a absolvição.
A acusação não detectou nenhum tipo de tortura ou irregularidade na fase do inquérito policial e teceu elogios ao modo como a investigação policial foi conduzida, sob o comando do delegado Luiz Ricardo Lara Dias Júnior.
Continua depois da publicidade
O crime. Conforme apontou a investigação que baseou a denúncia do MP, Cerqueira estava inconformado com o fim do relacionamento e convidou a vítima para sua casa, onde tentou reatar a relação, em 14 de janeiro. Diante da negativa de Fernanda, segundo a investigação, o técnico decidiu matá-la.
O corpo foi deixado em um local ermo às margens da Rodovia Manoel Hyppolito Rego (Rio-Santos), na altura do Iriri, na Área Continental de Santos.