Intoxicação por metanol em SP polícia confirma adulteração em bebidas alcoólicas / Reprodução/Pexels
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Nesta terça-feira (7), o Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo revelou que a perícia realizada em dois grupos de garrafas de bebidas alcoólicas destiladas, na capital paulista, apontou que o metanol encontrado foi adicionado após a destilação.
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Isso significa que o metanol não estava presente no processo de produção e destilação natural. Na última sexta-feira (3), o Instituto de Criminalística criou uma força-tarefa para analisar as garrafas apreendidas durante fiscalizações, a fim de apurar a adulteração e contaminação por metanol.
Em nota, o órgão afirmou que, até o momento, dois grupos de produtos periciados apresentaram resultado positivo para metanol, em volume acima do permitido pela legislação. “Os laudos foram encaminhados à Polícia Civil para subsidiar as investigações e o esclarecimento dos fatos”.
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“O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo trabalha 24 horas nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, assim como na análise documentoscópica de rótulos e lacres dos recipientes. Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado, não sendo, portanto, produto de destilação natural”, complementou.
Segundo o último boletim divulgado pelo governo de SP, 16 mil garrafas foram apreendidas desde o dia 29. Nesta terça-feira (7), o estado confirmou 18 casos de intoxicação por metanol no balanço divulgado pelo governo. Há 158 casos ainda sendo investigados e 38 foram descartados.
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, estão sendo avaliadas duas linhas de investigação sobre as bebidas adulteradas com metanol.
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Uma delas é a possibilidade de o metanol ter sido usado para aumentar a produção e o volume de bebidas falsificadas, sugerindo que a intenção do falsificador fosse adicionar etanol puro, sem saber que o produto estava contaminado com metanol.
A outra linha, segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é que o metanol teria sido usado para a higienização de garrafas reaproveitadas, que acabaram não sendo recicladas.
A Polícia Federal afirmou que não descarta nenhuma possibilidade, inclusive de que os casos estejam relacionados à megaoperação contra o crime organizado, como o PCC.
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A resposta rápida aos sintomas de intoxicação pode salvar sua vida. Se consumir alguma bebida destilada de procedência duvidosa, fique atento aos seguintes sinais:
O doutor Drauzio Varella produziu um vídeo sobre os riscos do metanol, vale a pena conferir!
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