Polícia

Investigação confirma que bebidas alcoólicas foram 'batizadas' com Metanol em SP

Laudos indicam que o metanol não era produto natural da destilação; 16 mil garrafas já foram apreendidas.

Nathalia Alves

Publicado em 08/10/2025 às 16:40

Atualizado em 08/10/2025 às 16:40

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Intoxicação por metanol em SP polícia confirma adulteração em bebidas alcoólicas / Reprodução/Pexels

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Nesta terça-feira (7), o Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo revelou que a perícia realizada em dois grupos de garrafas de bebidas alcoólicas destiladas, na capital paulista, apontou que o metanol encontrado foi adicionado após a destilação.

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Isso significa que o metanol não estava presente no processo de produção e destilação natural. Na última sexta-feira (3), o Instituto de Criminalística criou uma força-tarefa para analisar as garrafas apreendidas durante fiscalizações, a fim de apurar a adulteração e contaminação por metanol.

Em nota, o órgão afirmou que, até o momento, dois grupos de produtos periciados apresentaram resultado positivo para metanol, em volume acima do permitido pela legislação. “Os laudos foram encaminhados à Polícia Civil para subsidiar as investigações e o esclarecimento dos fatos”.

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“O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo trabalha 24 horas nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, assim como na análise documentoscópica de rótulos e lacres dos recipientes. Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado, não sendo, portanto, produto de destilação natural”, complementou.

Segundo o último boletim divulgado pelo governo de SP, 16 mil garrafas foram apreendidas desde o dia 29. Nesta terça-feira (7), o estado confirmou 18 casos de intoxicação por metanol no balanço divulgado pelo governo. Há 158 casos ainda sendo investigados e 38 foram descartados.

Novas linhas de investigação

De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, estão sendo avaliadas duas linhas de investigação sobre as bebidas adulteradas com metanol.

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Uma delas é a possibilidade de o metanol ter sido usado para aumentar a produção e o volume de bebidas falsificadas, sugerindo que a intenção do falsificador fosse adicionar etanol puro, sem saber que o produto estava contaminado com metanol.

A outra linha, segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é que o metanol teria sido usado para a higienização de garrafas reaproveitadas, que acabaram não sendo recicladas.

A Polícia Federal afirmou que não descarta nenhuma possibilidade, inclusive de que os casos estejam relacionados à megaoperação contra o crime organizado, como o PCC.

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Atente-se aos sintomas

A resposta rápida aos sintomas de intoxicação pode salvar sua vida. Se consumir alguma bebida destilada de procedência duvidosa, fique atento aos seguintes sinais:

Fique atento a dores abdominais intensas, náuseas e vômitos após consumir bebidas de procedência duvidosa / Pexels
Fique atento a dores abdominais intensas, náuseas e vômitos após consumir bebidas de procedência duvidosa / Pexels
Tontura, sonolência, confusão mental e falta de coordenação podem indicar intoxicação por álcool adulterado / Pexels
Tontura, sonolência, confusão mental e falta de coordenação podem indicar intoxicação por álcool adulterado / Pexels
Alterações visuais, como visão turva, embaçada ou perda de percepção de cores, exigem atenção imediata / Pexels
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Pupilas dilatadas, fotofobia e convulsões são sinais graves de intoxicação e precisam de atendimento urgente / Pexels
Pupilas dilatadas, fotofobia e convulsões são sinais graves de intoxicação e precisam de atendimento urgente / Pexels

Taquicardia, pressão baixa e risco de colapso de órgãos mostram que a intoxicação pode ser fatal / Pexels
Taquicardia, pressão baixa e risco de colapso de órgãos mostram que a intoxicação pode ser fatal / Pexels

O doutor Drauzio Varella produziu um vídeo sobre os riscos do metanol, vale a pena conferir! 

 

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