O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes pediu a destituição de seus advogados Rui Pimenta e Francisco Simim durante o julgamento do caso Eliza Samudio nesta terça-feira (20), no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Para a juíza Marixa Fabiane, que preside o júri, o pedido foi visto como uma manobra para adiar o julgamento.
Bruno pediu novo prazo para a juíza. Durante o júri, a juíza afirmou que Bruno havia solicitado a destituição de Simim "claramente com vistas ao desmembramento do julgamento", e negou o pedido.
O goleiro havia argumentado que, como o advogado estava defendendo também sua ex-mulher, ele poderia ser prejudicado. Para evitar a manobra, a juíza determinou que a ré Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno, seja julgada em outra data.
Multa
A juíza já havia determinado multa aos advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, nesta terça-feira (20). Eles haviam deixado o júri iniciado na segunda-feira (19), atitude que foi considerada "injustificada" pela magistrada.
A multa é de R$ 18.660 para cada um dos defensores, o equivalente a 30 salários mínimos. Somados, eles terão que pagar R$ 55.980 em até 20 dias, de acordo com a decisão da juíza. Os advogados de Bola são três: Ércio Quaresma, Zanone de Oliveira Júnior e Fernando Magalhães.
O abandono ocorreu "sem haver razão juridicamente relevante", segundo a juíza. "Esse tipo de conduta causa grande prejuízo ao estado e à sociedade que implica em gasto de dinheiro público", afirmou ela, durante o julgamento.
O fato será comunicado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que deve avaliar a conduta dos defensores, ainda de acordo com a magistrada.
O segundo dia de julgamento deve prosseguir com os depoimentos das testemunhas de acusação. Na segunda-feira (19), o ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes, Cleiton Gonçalves, foi ouvido no júri, presidido pela juíza Marixa.
Além de Bruno, outros três réus - incluindo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão - estão sendo julgados por cárcere privado e pela morte de Eliza, ex-amante do goleiro.
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