Polícia

Gaza brasileira: ONG afirma que corpos levados à praça no Rio foram esfaqueados

Advogada revela que corpos encontrados após megaoperação tinham marcas de tortura; uma investigação internacional foi solicitada à CIDH

Giovanna Camiotto

Publicado em 29/10/2025 às 11:12

Atualizado em 29/10/2025 às 11:12

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A dimensão da letalidade supera a tristemente conhecida operação do Jacarézinho / Reprodução/Agência Brasil

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A crise humanitária pós-megaoperação policial no Rio de Janeiro ganhou um novo e alarmante desdobramento nesta quarta-feira (29). A ONG Anjos da Liberdade afirmou que os corpos de mortos na área de mata do Complexo da Penha apresentavam graves marcas de violência.

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Segundo a advogada Flávia Froes, fundadora da ONG, que acompanhou moradores no transporte dos corpos, alguns exibiam marcas de tiros na nuca e facadas.

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Os relatos reforçam a suspeita de "mortes suspeitas praticadas pelo Estado", conforme afirmou Froes à CBN. A ONG já fotografou as marcas nos corpos para cumprir o protocolo da ONU de investigação de mortes potencialmente ilícitas.

Pedido de investigação internacional

Diante da gravidade da situação, mais de 60 corpos teriam sido levados por moradores para a Praça São Lucas e o Hospital Getúlio Vargas durante a madrugada, a ONG tomou uma medida drástica. Foi protocolada uma medida cautelar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), solicitando a presença de investigadores internacionais para acompanhar o caso.

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O balanço oficial da operação indica 64 mortes, sendo quatro policiais, e mais 81 presos, mas os novos corpos encontrados na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, podem elevar drasticamente este número. A PM, por sua vez, informou que está apurando o que ocorreu com os corpos levados à praça.

Enquanto a polícia reforça o policiamento nas ruas do Rio para tentar restabelecer a "normalidade", as universidades UFRJ, UERJ e PUC suspenderam as aulas presenciais. O cenário de medo segue evidente após as retaliações do Comando Vermelho, que incluíram sequestro de ônibus e barricadas nas principais vias expressas da cidade.

Esta é considerada a operação armada é a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.

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