Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, afirmou em depoimento na tarde desta quinta-feira (22) que a denúncia de que outra ex-amante do jogador, Eliza Samudio, foi assassinada é "verdadeira". Mas alegou que "não sabe" porque está sendo acusada do sequestro e cárcere privado da vítima e do bebê que Eliza teve com Bruno.
Assumiu, porém, que foi encarregada de cuidar da criança ainda no Rio de Janeiro, quando mãe e filho foram levados para a casa do atleta por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. E que seguiu com o goleiro para a região metropolitana de Belo Horizonte em um carro, enquanto Eliza era levada para o mesmo local por Macarrão e Jorge Rosa, primo do atleta já condenado pelo crime, em outro veículo.
Fernanda admitiu que mentiu em depoimento à Polícia Civil sobre a agressão de um primo de Bruno, Jorge Rosa, então com 17 anos e já condenado por envolvimento com o assassinato, contra Eliza. Durante as investigações do caso, Fernanda alegou que o hematoma apresentado por Eliza teria sido causado por um assalto, apesar de saber da real agressão, ocorrida no Rio de Janeiro.
Fernanda também admitiu ter estado com Eliza em um jogo de futebol em Ribeirão das Neves, em BH, e no sítio. Mas o depoimento da acusada tem uma série de contradições em relação ao de Macarrão.
O depoimento de Fernanda é o último antes do início dos debates orais entre acusação e defesa para que o júri popular, formado por seis mulheres e um homem, decida o destino de Fernanda e Macarrão. Há expectativa de que o resultado do julgamento seja divulgado ainda na noite de hoje ou na madrugada de sexta-feira (23). Inicialmente, a previsão inicial era de que o júri durasse duas a três semanas, mas o processo foi desmembrado em relação a três outros acusados, inclusive Bruno, após uma série de manobras dos advogados de defesa.