Polícia

Ex-militar do Exército suspeito de oferecer treinamento ao PCC é preso em Santos

Polícia Civil apurou que o homem fazia manutenção de armas da facção e oferecia treinamento para manuseio

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 10/06/2020 às 15:11

Atualizado em 10/06/2020 às 20:48

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Na casa de Soldado os investigadores apreenderam pistola, munições diversas, anotações, drogas e outros objetos

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A Polícia Civil prendeu no início da manhã desta quarta-feira (10) um ex-militar do Exército de 25 anos, conhecido pelo apelido de "Soldado", que é suspeito de realizar a manutenção de armas de fogo do Primeiro Comando da Capital (PCC)  e de oferecer treinamento aos integrantes da facção para manuseio de armas na Zona Noroeste de Santos. 

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A prisão foi realizada por investigadores da 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) da Baixada na casa do suspeito, no Caminho São Sebastião, no Rádio Clube. 

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Quando integrou o Exército, o rapaz foi lotado no 2° Batalhão de Infantaria Leve (2° BIL), em São Vicente, por cinco anos. 

Sob o comando do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da delegacia, e do investigador-chefe, Paulo Carvalhal, os policiais civis cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Soldado e encontraram uma pistola Glock 9mm, de fabricação austríaca, munições diversas, incluindo de fuzil, máquina para embalar drogas e uma série de objetos ligados ao crime. 

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A pistola, com seletor de rajadas, foi encontrada na cômoda do quarto de Soldado, de acordo com a polícia. 

No armário do mesmo quarto, junto com os pertences do acusado, os investigadores recolheram as munições de diversos calibres, um carregador para fuzil, rádio comunicador,  cocaína, sacos plásticos tipicamente usados para embalar drogas, balança de precisão, anotações contendo contabilidade de tráfico de drogas e a máquina seladora comumente utilizada para lacrar sacos de cocaína. 

Sobre o mesmo armário, os policiais civis encontraram equipamentos militares referentes ao Exército brasileiro e dois celulares, os quais Soldado se negou a desbloqueá-los. Na ação também foi apreendida uma granada. 

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Ao ser questionado sobre as suspeitas que recaem sobre ele, Soldado nada declarou aos investigadores. Ele somente forneceu o número do telefone de sua irmã para que um advogado o assistisse na delegacia. 

O delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau, assistente da 1ª Delegacia da Deic, autuou Soldado pelos crimes de tráfico de drogas, por integrar organização criminosa e pela posse ilegal da arma e munições, tanto de uso restrito como de uso permitido. 

Exército

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Em nota, o 2° Batalhão de Infantaria Leve informa, por meio de seu comandante, tenente coronel Cruz, que repudia todo ato criminoso praticado por qualquer cidadão. 

"Cabe destacar que, o referido indivíduo não pertence (mais) ao Exército Brasileiro. Esteve no 2º BIL durante cinco anos e saiu por término do Serviço Militar", disse o tenente coronel. 

"O 2º BIL reforça  que a conduta do cidadão deve ser apurada e punida com os rigores da lei", finaliza Cruz. 

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