Polícia

Empresários acusados de integrar quadrilha que movimentou R$ 800 mi são presos em Santos

Um deles, de 40 anos, foi preso em apartamento na Rua Valdomiro Silveira (em foto à direita), na Vila Rica, e outro, de 63 anos, em um apartamento na Avenida Marechal Deodoro, no Gonzaga

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 15/12/2020 às 18:06

Atualizado em 15/12/2020 às 19:59

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As prisões ocorreram nestes dois prédios no Gonzaga e no Boqueirão / Reprodução/Google Maps

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Dos 10 empresários presos na Operação Piànjú, deflagrada nesta terça-feira (15) em quatro estados com o objetivo de combater uma organização criminosa que “prestava serviços” de lavagem de capitais, dois deles foram detidos em Santos, em áreas nobres do município. As investigações, realizadas ao longo de dois anos, apontam que a organização criminosa, com base no Espírito Santo, movimentou mais de R$ 800 milhões.

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Um dos empresários preso em Santos tem 40 anos e foi preso às 6h no apartamento onde reside, o Sequoia Residente, na Rua Valdomiro Silveira, 18, na Vila Rica (Boqueirão). O outro empresário preso no Município tem 63 anos e foi preso no mesmo horário, no edifício Golden Tower, na Avenida Marechal Deodoro, 120, no Gonzaga.

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As detenções foram feitas por policiais civis da 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) regional em apoio à Polícia Civil do Espírito Santo, responsável pelas investigações juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES). 

As ordens de prisão cumpridas em Santos partiram da 5ª Vara Criminal de Vitória (ES). Três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Santos.

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Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, quatro empresários foram presos naquele estado, cinco no Estado de SP (Santos, São Paulo e Jaguariúna) e um no Ceará.

Conforme detalhou a polícia, a associação criminosa era composta por dois grandes empresários capixabas e diversos outros membros, que agiram como “prestadores de serviços” de lavagem de capitais para outras organizações criminosas.

O grupo criminoso desarticulado atuava de forma estruturada com a finalidade de praticar diversos crimes, entre eles: organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e particulares, inserção de dados falsos em sistemas informatizados, falsidade ideológica, estelionato e falsa comunicação de crime.

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O esquema criminoso foi descoberto a partir de um falso comunicado de roubo de um caminhão. “Descobrimos que ele não existia fisicamente e que só constava no banco de dados do Detran e do Renavan. Esses caminhões ‘fantasmas’ serviam de patrimônio para essas empresas para que elas pudessem fazer o envio de dinheiro para a China e para os Estados Unidos”, disse o delegado João Paulo Pinto. 

Ao todo 118 agentes foram empregados na operação nesta terça. Foram expedidos 126 mandados judiciais, sendo 18 mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão, 23 sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e duas ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas. Dentre as ordens de busca e apreensão encontram-se 12 imóveis, três veículos de luxo (Porsche Panamera, Maserati Granturismo e Mercedes Benz GLA 200 ff), além de 12 motos aquáticas e 11 embarcações”, informou.

Uma coletiva de imprensa foi marcada para esta quarta-feira às 10h pela Polícia Civil do Espírito Santo em Vitória.

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