Polícia

Em ação contra o PCC, Deic prende sócios de casa noturna no Saboó, em Santos

A Polícia Civil reuniu indícios de que a Mundo M Lounge Bar realiza tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo, lavagem de dinheiro e aliciamento de jovens para prática de crimes sob a chancela do PCC; acusados negam

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 04/11/2020 às 20:09

Atualizado em 05/11/2020 às 00:01

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DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL
DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL

Mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa noturna, na foto, e nas casas dos suspeitos / Divulgação/Polícia Civil

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Em uma ação deflagrada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), mediante cumprimento de mandados de busca e apreensão, policiais da 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) regional prenderam dois sócios da casa noturna Mundo M Lounge Bar, situada no Saboó, em Santos, durante a manhã desta terça-feira (3). 

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A delegacia especializada reuniu indícios de que a casa noturna, inaugurada em setembro, é usada para tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo, lavagem de dinheiro e aliciamento de jovens para a prática de crimes sob a chancela da facção criminosa. Os sócios presos são Wesley Felipe Ferreira da Silva, o Cupim, de 28 anos, e Cícero de Souza Vieira, o Cicinho, também de 28. Um terceiro alvo do inquérito, José Vinícius de Souza Vieira, o Alemão, de 24, irmão de Cicinho, não foi localizado, mas seguirá sendo investigado. 

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Cupim e Cicinho foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação ao tráfico, organização criminosa e contrabando. Em audiência de custódia no Fórum de Santos, a Justiça converteu as prisões em preventivas. 

O advogado de Cupim, Felipe Gaspar, negou o envolvimento do cliente com quaisquer atividades criminosas. "Wesley está disposto a colaborar com a Justiça sendo fático que é inocente. Não faz parte de organização criminosa, não integra o primeiro da capital. É um jovem empreendedor que infelizmente está sofrendo um estigma por abrir um estabelecimento dentro de uma comunidade", afirma. 

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A advogada de Cicinho e de Alemão, Alexandra do Nascimento, diz que "são infundadas as acusações da Deic e afirma que no transcorrer da instrução processual a defesa provará a inocência dos investigados".

Com base na investigação realizada pelos delegados Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da delegacia, e Leonardo Amorim Nunes Rivau, assistente, a 3ª Vara Criminal de Santos expediu os mandados para as residências do três sócios e para a casa noturna, que fica na Rua Flamínio Levy. 

Investigadores, sob o comando de Paulo Carvalhal, realizaram as ações de modo simultâneo, às 8h, e fizeram uma série de apreensões, entre dinheiro, entorpecentes, documentação de depósitos, rifas supostamente para arrecadação de dinheiro para a facção e veículos. 

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Cupim foi abordado quando chegava, de carro, ao condomínio onde mora, acompanhado da namorada. 

"No local foram apreendidos três aparelhos celulares, dois computadores, R$ 7.000,00 e 700 dólares americanos. Foi localizada documentação referente a depósitos em diversas contas de pessoas, entendendo, os Policiais Civis, se tratar de pagamentos a familiares de presos afiliados ao PCC. Também foi apreendido um caderno contendo anotações de nomes, CPF, e-mail e valor em dinheiro, bem como, dois cartões em branco com tarjeta magnética", informa a Polícia Civil. 

Cicinho foi localizado em seu carro com um indivíduo investigado que não havia sido qualificado durante as diligências preliminares. Com ele foi encontrada a quantia de R$ 6.350,00, um celular e as chaves de sua residência e da casa noturna investigada. Na residência de Cicinho ainda foi encontrado outro celular e uma motocicleta. 

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Ecstasy e maconha
Na diligência no Mundo M Lounge Bar os investigadores apreenderam 46 comprimidos de ecstasy e porções de maconha em uma caixa de uísque. Na lateral do estabelecimento, tubos contendo lança-perfume. Os mesmos tubos, segundo os policiais, foram encontrados dentro da casa noturna e outros em frente e ao redor do local, o que indica, segundo o delegado Rivau, o consumo e livre comércio de drogas no estabelecimento, "exatamente como foi investigado"

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