Continua depois da publicidade
Milhares de egípcios foram às ruas e fizeram manifestações por todo o Egito a favor do presidente Mohamed Morsi, neste sábado (1). Recentemente Morsi ampliou seus poderes, e da lei islâmica. O movimento, organizado pela Irmandade Muçulmana, é visto como um teste de força dos islamitas, que tentam se contrapor a grandes protestos da oposição realizados ao longo da semana.
Continua depois da publicidade
Os islamitas alegam que os liberais, que ainda lutam para criar um grupo de oposição coeso quase dois anos após o levante que depôs o ex-ditador Hosni Mubarak, não representam a maioria dos egípcios.
Na última eleição parlamentar, a Irmandade Muçulmana e islamitas de linha dura conquistaram quase 75% dos assentos. Os liberais, no entanto, lembram o fato de que Morsi, que pertence ao partido político da Irmandade, recebeu apenas 25% dos votos no primeiro turno da eleição presidencial. Embora tenha conquistado mais de 50% da votação no segundo turno, Morsi enfrentou uma disputa acirrada com um adversário do antigo regime.
Continua depois da publicidade
Durante a semana, centenas de milhares de egípcios, em sua maioria liberais e representantes das forças seculares, fizeram dois protestos contra a decisão de Morsi conceder a si mesmo poderes quase absolutos. Apenas na sexta-feira, cerca de 200 mil pessoas tomaram as ruas do Cairo com a promessa de que derrubarão um projeto de Constituição aprovado por aliados de Morsi e exigindo que o presidente anule decretos que neutralizaram o judiciário do país.
Embates gerados pela crise, iniciada há duas semanas, já deixaram dois mortos e centenas de feridos no Egito.
Continua depois da publicidade