Polícia

Diretor quer setor de homicídios

Na tarde desta quinta-feira (11), em entrevista ao Diário do Litoral, Aldo Galiano Júnior comentou seus objetivos no comando do Deinter-6.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/01/2013 às 12:20

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Com 39 anos de trabalho na Polícia Civil, pela segunda vez na carreira o delegado Aldo Galiano Júnior, de 60 anos, assume a diretoria de um Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter). Dessa vez, Galiano Júnior terá a missão de comandar o Deinter-6, que abrange a Baixada Santista e Vale do Ribeiro. Ele já comandou o Deinter-7 (Sorocaba).

O novo diretor na Baixada, nascido em Espírito Santo do Pinhal, assume o cargo após a saída do delegado Waldomiro Bueno Filho, que ocupava o posto desde 2007. Antes de assumir o Deinter-6, Galiano Júnior estava no Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade) de São Paulo.

Na tarde de ontem, uma cerimônia de transmissão de cargo foi realizada no Palácio da Polícia Civil de Santos, no Centro. O evento, que contou com presença massiva de delegados titulares de delegacias e distritos da Região, marcou o início dos trabalhos.

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Aldo Galiano Júnior disse que as mudanças serão feitas com seriedade e profissionalismo (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Após a cerimônia, o novo diretor do Deinter-6 concedeu entrevista ao DL.

Diário do Litoral - Como o senhor pretende trabalhar?
Galiano Júnior - Eu trabalho com o setor de inteligência, hoje não existe fazer polícia sem inteligência, sem saber utilizar os recursos. Quero trabalhar com a comunidade, ao lado das sociedades, como Rotary Club, Lions Club e Consegs. A gente quer humanizar a Polícia Civil novamente. Queremos resgatar a confiança que as pessoas tinham com a polícia. Temos que ter consciência que perdemos a credibilidade.

Diário do Litoral - Qual é o perfil de trabalho do senhor?
Galiano Júnior - Eu sou operacional, gosto de ir para rua, colocar o uniforme e estar atuando. Trabalhei no  Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), fundei o Grupo de Operações Especiais (GOE) em São Paulo. A minha satisfação pessoal é prender bandido, você se sente motivado fazendo isso. Você tem que se colocar no lugar das pessoas.

Diário do Litoral - O senhor conhece a Região?
Galiano Júnior - Sim, frequento aqui semanalmente, tenho casa em Guarujá.

Diário do Litoral - Como o senhor vai combater o crime organizado?
Galiano Júnior - Com inteligência, utilizando escutas, trabalhando com o Ministério Público e o Poder Judiciário. Quero acabar com o crime de roubo de cargas, ele abastece o crime organizado. Não vou permitir que ele se estabeleça de uma forma permanente na Baixada Santista.

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Diário do Litoral - O senhor fará mudanças no quadro policial?
Galiano Júnior - Com certeza irei fazer algumas alterações. São 39 anos de polícia, muitos acompanhado de uma equipe que esteve comigo em diversos momentos. Não é justo vir para um local onde posso desenvolver meu trabalho e não trazer eles. Você tem suas pessoas de confiança, que conhecem seu jeito de trabalhar. Ninguém chega longe sem uma equipe.

Diário do Litoral - Como elas serão feitas?
Galiano Júnior - As mudanças serão feitas com seriedade e profissionalismo. Analisando estatísticas, vendo o que pessoal está produzindo ou deixando de produzir.

Diário do Litoral - O senhor já tem ideia das primeiras mudanças?
Galiano Júnior - Estou trazendo o delegado Mauro Argachoff para trabalhar na inteligência, a delegada Gisele Boros Tobias para ser assistente. Também farei mudanças na Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise). Vou trazer um delegado de São Paulo para trabalhar na Dise.

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Diário do Litoral - O senhor pretende abrir novas delegacias na Região?
Galiano Júnior - Aqui (Baixada Santista e Vale do Ribeira) está carente na área de homicídios. Pretendo criar um órgão específico para investigar esse tipo de crime. A investigação de homicídio exige dedicação. Vamos criar um suporte para o departamento. Homicídio, a cada dia que você não esclarece, ele fica mais complicado de solucionar. Pretendemos também criar um órgão de Meio Ambiente. Estamos em um polo da Serra do Mar, que tem uma reserva ecológica grande. Iremos trabalhar em conjunto com o Ministério Público e a Polícia Florestal.

Diário do Litoral - Como o senhor vê a importância da criação desse setor específico para homicídio?
Galiano Júnior - Hoje é necessário ter esse setor, porque o delegado que assume um inquérito de homicídio tem diversos outros casos para cuidar. Se você cria um setor específico, o delegado especializado só terá um ou dois casos de homicídio para cuidar.

Diário do Litoral - O senhor assume o Deinter-6, em um momento que a morte do PM Marcelo Fukuhara não foi esclarecida. Como o senhor vê esse caso?
Galiano Júnior -  A vida particular do PM tem que ser levantada. Pelo jeito como foi a morte dele só pode ser  vingança. É um caso que me chocou.

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