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A apuração do assassinato do auxiliar de limpeza Ricardo Gama, de 30 anos, teve novas diligências de campo ontem. Lotado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Capital, o delegado Ricardo Barbante Trentini veio a Santos para auxílio nos trabalhos, que são conduzidos pela equipe do delegado Rubens Nunes Paes, titular 4º Distrito Policial.
A Corregedoria da Polícia Militar também presta auxílio, já que está sendo checada uma suposta participação de PMs na execução.
O auxiliar de limpeza, que trabalhava no câmpus santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi morto com oito tiros próximo à casa onde morava, na Vila Mathias, no último dia 2.
Dois dias antes da execução, Ricardo Gama foi abordado nas proximidades do câmpus onde trabalhava por policiais militares, que estavam, segundo a corporação, averiguando uma denúncia de tráfico na Rua Silva Jardim. Estudantes sustentam que a abordagem foi truculenta e Ricardo foi agredido injustamente. Uma das pessoas que acompanhava a abordagem filmou o auxiliar de limpeza sendo levado em uma viatura.
Após ser conduzido para a Santa Casa de Santos e ao 4º DP, ele foi liberado.
A PM informou que o auxiliar foi levado ao distrito para averiguação devido a um antecedente criminal.
O advogado Alex Sandro Ochsendorf, defensor dos três policiais que realizaram essa abordagem, diz que tem provas que seus clientes não têm qualquer tipo de participação na execução.
De acordo com Ochsendorf, no momento da execução, durante a madrugada do dia 2, os PMs estavam em serviço, em locais distantes da Vila Mathias.
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