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Os depoimentos dos três policiais militares que realizaram a abordagem do auxiliar de limpeza da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Ricardo Gama, dois dias antes dele ser assassinado, foram adiados, conforme informou ontem o delegado titular em exercício do 4º Distrito Policial de Santos, Rubens Nunes Paes.
O adiamento ocorreu em virtude de questões administrativas da Polícia Militar, que participa das investigações. Uma nova data para a tomada dos depoimentos, que estavam inicialmente marcados para as 16 horas de ontem, depende da confirmação da Corregedoria da Polícia Militar.
Segundo o delegado Nunes Paes, não há nenhum indício de participação desses policiais no homicídio do auxiliar de limpeza, ocorrido na Rua Silva Jardim, nas proximidades do câmpus da Unifesp, na Vila Mathias. Com as oitivas, o delegado pretende esclarecer supostas irregulares cometidas na abordagem de Ricardo, no dia 31 de julho.
Um dos questionamentos do delegado será relacionado ao motivo dos PMs terem colocado no talão de ocorrência da corporação que apresentaram o caso no 4º DP, após o auxiliar ser socorrido no Pronto-Socorro Central, sendo que a apresentação não ocorreu.
A chegada do caso ao distrito, afirma Nunes Paes, possibilitaria verificar se houve excesso na abordagem. Análise das lesões no Instituto Médico-Legal (IML) também poderia comprovar se as lesões sofridas pelo auxiliar de limpeza caracterizaram eventual excesso.
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