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Polícia

Dentista ‘serial killer’ é transferido para penitenciária em Tremembé

Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, chegou à unidade prisional na noite de terça-feira (4)

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 05/12/2018 às 20:29

Atualizado em 05/12/2018 às 20:50

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Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, foi preso na manhã de quinta-feira (29) em um imóvel da família dele, na Pompéia, após três anos de buscas / Reprodução/Polícia Civil

O dentista Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, foi transferido na terça-feira (4) do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente para a Penitenciária II de Tremembé. Ele é acusado de três homicídios consumados e dois tentados na série de crimes contra pessoas da Clínica Americana, que foi sua concorrente. Os crimes ocorreram em 2014 e em 2015. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Graça deu entrada na penitenciária às 19h20.

O advogado do dentista, Eugênio Malavasi, participa de audiência de um outro processo nesta quarta-feira e não pôde atender à Reportagem para um posicionamento sobre a transferência.

Captura

Graça foi preso pela Polícia Civil no último dia 29, em um imóvel na Pompéia, em Santos, após ficar três anos foragido.

Na casa, no bairro Pompéia, Graça não ofereceu resistência ao ser preso. Nada declarou sobre os três homicídios consumados e dois tentados pelos quais está sendo processado, na série de casos envolvendo a Clínica Americana, que era sua concorrente em São Vicente.  

O dentista só deverá falar sobre os crimes em juízo e, segundo seu advogado, ele está ­“abalado”.

Os crimes

A Polícia Civil apurou durante as investigações que o dentista nutria ódio com relação à Clínica Americana. As atividades da então clínica do acusado, a Oral New,  em São Vicente, foram encerradas em 2013. A concorrência foi decisiva para o ­fechamento.

A primeira vítima foi Agilson de Carvalho, de 54 anos, dono da clínica. Ele foi baleado pelas costas logo após sair da unidade do Gonzaga, na Rua Floriano Peixoto, na madrugada de 23 de dezembro de 2014, e morreu três dias depois.

Na segunda investida, em 16 de julho de 2015, foi morta a irmã de Agilson, Aldacy de Carvalho, de 56 anos, e ficaram feridos um outro irmão dele, Arnaldo de Carvalho, de 54, que morreu em novembro, e o  sobrinho, de 21, atingido de raspão. O atentado ocorreu após as vítimas saírem da unidade no Centro de Santos, na Rua João Pessoa.

O terceiro crime ocorreu na Rua Marcílio Dias, no Gonzaga, em 23 de setembro de 2015, tendo como vítima uma funcionária da clínica, que foi ferida a tiros e sobreviveu.

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