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Polícia

Homem é preso por tráfico após sair do prédio de luxo onde mora, em PG

Os investigadores apreenderam mais de 5 quilos de cocaína, R$ 26,2 mil e até máquina de contar dinheiro

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 24/02/2021 às 14:24

Atualizado em 05/03/2021 às 14:50

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O corretor foi perseguido após deixar a garagem do prédio de luxo, no Boqueirão / Divulgação/Polícia Civil

Com os passos monitorados pela 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) regional, um homem que se denomina corretor de imóveis, de 46 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas após sair do prédio de luxo onde mora, no Boqueirão, em Praia Grande, na manhã desta terça-feira (23). Ele chegou a tentar fugir dos policiais já em via pública e quebrou um celular, mas isso não impediu que fosse abordado em um Nissan Kicks, onde havia um tijolo de cocaína de alto teor de pureza e as chaves de um outro carro, onde mais quatro tijolos de cocaína do mesmo padrão foram apreendidos, na garagem do edifício.

A equipe do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da delegacia, e do investigador-chefe, Paulo Carvalhal, apurou previamente que o Nissan Kicks branco era usado para transporte de drogas da Grande São Paulo para abastecimento de pontos de tráfico na Baixada Santista. Os policiais obtiveram inclusive a numeração das placas.

Durante as diligências o endereço do prédio de luxo, na Rua Roberto Shoji, 347, também foi descoberto e, na manhã desta terça-feira (23), o suspeito foi visto, em uma campana policial, saindo da garagem no carro. 

Segundo os investigadores, ao perceber que seria abordado o corretor tentou despistá-los no trânsito e acabou recebendo ordem de parada. Mesmo assim ele tentou fugir no veículo, mesmo com um policial parado na frente do automóvel. Foi necessário que um outro policial interviesse para dar fim à tentativa de fuga.

Neste momento o corretor quebrou o celular. Ele foi abordado na sequência pelos investigadores, que apreenderam o tijolo de cocaína, o celular quebrado, um íntegro e as chaves de um Spacefox.

Ao retornarem ao condomínio de luxo, os policiais vistoriaram o Spacefox e apreenderam mais quatro tijolos de cocaína, R$ 26,2 mil em cédulas e as chaves de um Fiat Idea.

Cocaína de alto teor de pureza, dinheiro, máquina de contagem e demais objetos apreendidos (Divulgação/Polícia Civil)

A ação policial prosseguiu até o apartamento do corretor, onde estavam a esposa dele e o filho pequeno do casal. No local foram apreendidos um computador, folhas de cheques preenchidas e uma máquina de contar dinheiro. Ainda foi recolhido o documento de compra do Spacefox.

O homem apresentou a versão que o Spacefox pertence a um amigo, mas não informou o sobrenome da pessoa.

Alto teor de pureza

Conforme consignou o delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau, que registrou o flagrante, “nota-se que as drogas aparentam não terem sido adulteradas, ou no jargão popular batizadas”. “Denota-se que o indiciado possui função de destaque no esquema de distribuição de drogas, pois já grande valor agregado nos tijolos apreendidos”, escreveu.

Creci-SP

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) afirmou nesta primeira semana de março, em nota, que o homem preso por tráfico de drogas após sair de um prédio de luxo em Praia Grande não é inscrito na entidade. 

O Creci diz que ao tomar conhecimento da ocorrência encaminhou uma equipe de analistas para a 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) regional para verificar o caso.

“Segundo as informações obtidas, ficou comprovado que o infrator não é inscrito como corretor de imóveis no Creci-SP, e também não possui nenhum registro como estagiário na entidade. Trata-se, portanto, de alguém que se intitula corretor, mas que, provavelmente, atua na ilegalidade”, diz o conselho.

Na nota, o Creci ressaltou a importância da divulgação do resultado da apuração em respeito à classe de profissionais regularmente inscritos, revelando o equívoco e desvinculando a categoria desse ato ilícito.

O Diário procurou o advogado do preso para manifestação sobre o caso, mas ele não retornou contato até a conclusão deste texto.

 

 

 

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