Polícia
Alex Sander Correia, de 48 anos, matou cinco pessoas da mesma família no Jóquei Clube após uma notificação judicial; antes da chacina, ele tentou matar a mulher, no Humaitá
Chacina terminou com cinco mortes em São Vicente / Nair Bueno / Diário do Litoral
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A maior chacina do ano na Baixada Santista foi cometida no final da madrugada desta quinta-feira (5) e teve cinco vítimas mortas a tiros e uma ferida, em São Vicente, o que chocou a Região. O atirador, o desempregado Alex Sander Correia, de 48 anos, se suicidou com um tiro na cabeça na frente de policiais militares no início da manhã.
Uma das linhas de investigação da Polícia Civil aponta que Alex Sander teria planejado a chacina após receber uma notificação judicial sobre exame de DNA para um menino de oito anos, filho de uma mulher com quem ele manteve uma relação extraconjugal.
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A notificação teria sido o estopim para que a esposa de Alex Sander quisesse romper a união de mais de 20 anos. Com um revólver de calibre 38, ele atirou, pouco depois das 5h, na cabeça e no braço direito da companheira, na residência do casal, na Avenida Walter Melarato, no Humaitá. A mulher sobreviveu ao crime.
Após o primeiro ataque, Alex Sander seguiu de moto para a Rua Gabriel Passos, 35, no Jóquei Clube, onde mora Margarete Neto Pinheiro de Jesus, de 41 anos, autora do pedido da ação de paternidade.
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Por volta das 5h30, Alex Sander a matou a tiros e outras quatro pessoas: Maísa das Graças Pinheiro Silva, de 39 anos (irmã de Margarete), Larissa Pinheiro do Monte, de 19 (filha de Maísa), Daulira das Graças Neto Neves, de 66 anos e Carlos Alberto Neves, de 57, que são pais de Margarete e Maísa.
O atirador recarregou a arma durante a chacina, o que evidencia, segundo policiais, que ele premeditou a chacina.
Margarete chegou a ser levada para o Hospital Municipal de São Vicente, mas já chegou morta, de acordo com a Prefeitura.
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A companheira do atirador foi submetida a uma cirurgia e é acompanhada pela equipe de neurocirurgia, conforme a Prefeitura.
Testemunhas
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Um morador da casa de 32 anos, marido de Maísa, ao ser surpreendido pelo crime, se trancou com o filho de 7 anos na parte superior do imóvel.
O menino de oito anos que figura na ação de reconhecimento de paternidade também estava na casa, mas não foi atingido.
Um vizinho disse à polícia que o atirador tentou entrar pela frente da casa, mas como não conseguiu foi pelos fundos e iniciou a série de disparos, a maior parte na cabeça das vítimas.
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Mesmo ferido, Carlos conseguiu caminhar até a Rua Carijós, mas foi perseguido até ser executado pelo atirador.
Retorno
Após a chacina, Alex Sander retornou de moto para sua casa no Humaitá. Ao perceber a presença de policiais militares, o homem jogou sua carteira no chão e disse: “entrega isso para a minha filha”. Na sequência, ele se matou.
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A filha tem 21 anos, presenciou a tentativa de homicídio contra a mãe e prestou depoimento no 3º DP de São Vicente, relatando que a mãe queria se separar e que houve recentemente a chegada de uma notificação em ação de paternidade para Alex Sander.
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