Polícia

Carlinhos Virtuoso é condenado a mais 16 anos de prisão

Juiz concluiu que Virtuoso, mesmo preso, continuou a comandar organização criminosa que explorava o jogo do bicho em Santos, São Vicente e Praia Grande

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 25/07/2018 às 18:26

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Carlinhos Virtuoso está preso desde 2014 / Reprodução

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Preso desde 2014, Carlos Eduardo Virtuoso, o Carlinhos Virtuoso, foi condenado a mais 16 anos de prisão por exploração de jogo do bicho, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O juiz Walter Luiz Esteves de Azevedo, da 5ª Vara Criminal de Santos, concluiu que Virtuoso, mesmo preso, continuou a comandar uma organização criminosa que explorava o jogo do bicho nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande.

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"O réu continuou a dominar o referido esquema contravencional, determinando a escolha dos gerentes da banca que, por sua vez, coordenavam os demais integrantes do grupo voltado à exploração do jogo", escreveu o magistrado na sentença, emitida em 19 de julho, com 91 páginas.

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"Por ser o dono da banca, o paciente era, além de titular do domínio do fato, o destinatário final das vultosas quantias obtidas com a exploração da contravenção, sem prejuízo de remunerar cada uma das demais pessoas que participavam do esquema, proporcionalmente à relevância das funções por elas exercidas", afirmou o juiz.

Pelo crime de corrupção ativa, Virtuoso foi absolvido.

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O mesmo juiz condenou Virtuoso, em julho de 2015, a 17 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na sentença, o magistrado também aplicou a pena de 10 meses de prisão, em regime semiaberto, pela contravenção penal de jogo do bicho.

Em segunda instância, em dezembro de 2016, a Justiça estadual manteve a pena de primeiro grau e aumentou o perdimento de valores e bens decorrentes da lavagem de dinheiro de R$ 9,9 milhões para R$ 16,6 milhões.

As investigações que geraram as duas ações penais foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE).

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O Gaeco apontou que Virtuoso dava ordens de comando para a organização criminosa "por meio de pessoas de sua confiança".

R$ 8,5 milhões

Na mais recente condenação, Azevedo determinou a perda de todos os bens, direitos e valores relacionados à lavagem de dinheiro, inclusive dos bens apreendidos, sequestrados e bloqueados nos autos e dos bens pertences às empresas usadas para "branqueamento" dos capitais, até o limite de R$ 8,5 milhões, valores, segundo ele, ilicitamente auferidos e lavados no período entre junho de 2015 e novembro de 2016.

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"Caso os bens das empresas não bastem, autorizo a expropriação de outros bens de Carlos Virtuoso até que se alcance o montante", escreveu.

O juiz ainda determinou que o acusado não poderá recorrer em liberdade e assinalou que "continuam presentes as razões da prisão preventiva".

Ainda de acordo com o magistrado, a pena anterior não foi capaz de convencer Virtuoso a "conformar seu modo de vida à lei".

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Outro lado

O Diário do Litoral procurou a defesa de Virtuoso, por telefone, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

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