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Beltrame: Ocupação não é passageira, é legado

O secretário de Segurança Pública do Rio disse agora a Maré será devolvida à população

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/03/2014 às 14:12

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O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse hoje (30), ao fazer um balanço da ocupação do Complexo da Maré, que as forças de segurança ocuparam as 15 favelas da região para ficar e que a partir de agora a área será devolvida à população. Beltrame iniciou a entrevista agradecendo à presidenta Dilma Rousseff pelo apoio dado a iniciativa do governo do estado.

Segundo ele, a Complexo da Maré tem papel importante, porque em suas imediações estão situados centros e instalações importantes para o desenvolvimento do estado. Ele citou o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão, as vias expressas Avenida Brasil e Linha Vermelha, a Universidade Federal do Rio e o Centro de Pesquisa da Ilha do Fundão, com alguns dos maiores e mais modernos laboratórios de pesquisa do mundo.

“A proposta da ação não foi exclusivamente visando à Copa do Mundo em junho, ou mesmo às Olimpíadas de 2016, até porque ambos são eventos passageiros. A nossa proposta é a do legado, a de devolver a região para a população e livrá-la do julgo do tráfico” disse o secretário.

José Mariano Beltrame afirmou que a 'ocupação não é passageira, é legado' (Foto: Divulgação)

Ele garantiu que, mesmo com a ocupação da área pelas forças federais, a Polícia Militar vai trabalhar nas 15 favelas, mantendo uma base de 1.600 a 1.700 homens, “porque a segurança pública é um problema muito grande; é de todos nós, e exige um trabalho permanente, com base  na racionalidade e na inteligência”.

Mesmo comemorando o êxito da ação, o secretário Beltrame fez questão de lançar um alerta. Para ele, não é com a ocupação do Complexo da Maré que a segurança do estado vai melhorar. “Isto só acontecerá em sua plenitude, de fato, quando outras respostas forem dadas à sociedade; quando tivermos uma reforma penal, reforma nos presídios, uma política visível e objetiva voltada para os menores, uma política clara para o combate ao uso do crack; quando facções não comandarem o tráfico de dentro dos presídio e quando tivemos um controle efetivo das fronteiras - aí sim estaremos realmente avançando no combate ao crime organizado”, disse.

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