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Polícia

Baile funk: moradores sofrem em Itanhaém

Bailes reúnem jovens, som alto e bebidas no bairro Jd. Oásis

Nayara Martins

Publicado em 12/10/2020 às 07:06

Atualizado em 12/10/2020 às 08:30

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Garrafas de bebidas e lixo acumulado são deixados na rua Emídio de Souza após os bailes funk que acontecem aos fins de semana. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Moradores do bairro Jardim Oásis, em Itanhaém, estão sofrendo com sérios problemas de perturbação e falta de sossego causados pelos bailes funk, realizados num trecho da rua Emídio de Souza, aos finais de semana, no período noturno. O bairro é um dos mais populosos do município.

O eletricista e vigilante Noel Vargas, que mora há cinco anos na rua Emídio de Souza, relata que o pior problema no bairro é o baile funk que começa à meia noite de sábado e vai até por volta das 5 horas manhã de domingo. "A maioria é formada por menores de idade que fecham um trecho da rua, com o som alto e o consumo de bebidas alcoólicas", lamenta.

Ele completa: "como trabalho à noite, ao chegar em casa, de madrugada, não tenho como estacionar o carro, além de encontrar várias garrafas de bebidas e muito lixo na porta de casa".

Vargas lembra ainda que, no início da pandemia, em março, houve uma força-tarefa realizada entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar, mas que não aconteceu mais nenhuma ação efetiva para evitar a aglomeração com os bailes funk.

Outro morador, que prefere não se identificar, é um idoso que mora há 14 anos no local. Afirma que a partir da meia noite, ele e sua esposa, que está doente, perdem o sono e não conseguem mais dormir.

A mesma opinião tem a cabeleireira Luciane da Silva sobre os bailes funk que geram bastante insegurança no bairro. Ela, que possui um salão de beleza na rua Emídio de Souza, conta ainda que já foi assaltada à mão armada, no mês de março, por volta das 22h30, em uma rua próxima à sua residência.

"Os ladrões levaram dois celulares, um relógio, correntes e maços de cigarro. Fiz um boletim de ocorrência, mas nunca recuperei os meus objetos", observa. Para ela deveria haver mais policiamento e rondas da Guarda Municipal e reforçar a segurança no bairro.

REQUERIMENTO

O vereador Sílvio Oliveira (PSDB), que é investigador de polícia, apresentou requerimento, em 2017, solicitando informações ao Executivo sobre a documentação referente a um comércio que praticava som alto, à noite, no bairro. Também já enviou três ofícios, em 2018 e nos meses de junho e setembro deste ano, ao 29º Batalhão da Polícia Militar do Interior, em que pede o apoio ao combate aos pancadões no Oásis.

Desde o início da década de 1980, o Jardim Oásis se tornou um dos bairros de periferia mais populosos de Itanhaém. A rua Emídio de Souza, a principal via do bairro, concentra a maior parte dos estabelecimentos comerciais do bairro, a Escola Municipal Harry Forssell, o posto do Correio e por onde passa a linha do ônibus urbano.

FISCALIZAÇÃO

A prefeitura de Itanhaém informou que a Guarda Civil Municipal (GCM), em parceria com as polícias Civil e Militar, realiza ações para coibir os pancadões no Jardim Oásis, de forma permanente, aos finais de semana, desde março deste ano, sempre no período noturno.

Disse que, somente no mês de julho, foram efetuadas seis operações no local.

A Administração afirmou ainda que está prevista para esta sexta, sábado, domingo e segunda, mais uma força-tarefa de tolerância zero, para combater as festas clandestinas de bailes funk que gerem aglomerações.

A GCM pode ser acionada pelos telefones 153 e (13) 3425-3800, para qualquer denúncia da população sobre os pancadões.

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