Polícia
A decisão foi do desembargador Peterson barroso Simão, com justificativa de que a medida era desnecessária no atual estagio das investigações
O artista havia sido preso na última quinta-feira (29), acusado de apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho / Divulgação
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Na última segunda-feira (2), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus ao cantor MC Poze do Rodo. O artista havia sido preso na última quinta-feira (29), acusado de apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho.
A decisão foi do desembargador Peterson barroso Simão, que revogou sua prisão temporária, com justificativa de que a medida era desnecessária no atual estagio das investigações.
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O magistrado avaliou elementos de prova mais relevantes para apuração dos fatos e determinou a libertação do artista mediante cumprimento de medidas cautelares.
Entre as restrições impostas, MC Poze deverá comparecer mensalmente a Justiça, esta proibido de contatar demais investigados e pessoas ligadas ao Comando Vermelho, além de não poder sair do estado do Rio de Janeiro sem autorização judicial.
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O cantor MC Poze foi preso em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, durante uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
A prisão foi alvo de críticas por parte do desembargador Peterson Barroso Simão, que apontou indícios de irregularidades no procedimento. “O paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente”, escreveu o magistrado em trecho da decisão.
O desembargador também destacou que o funkeiro já havia sido investigado em processo semelhante e foi absolvido em duas instâncias.
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De acordo com a Polícia Civil, MC Poze teria se apresentado em comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, com segurança feita por traficantes armados.
Em um vídeo anexado ao inquérito, o cantor aparece em um baile funk na Cidade de Deus, no dia 17 de maio, cantando músicas que exaltariam líderes da facção. Um homem com um fuzil aparece filmando o show.
Dois dias depois, o policial civil José Antônio Lourenço, da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), foi morto com um tiro na cabeça na mesma comunidade.
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Durante a operação, os agentes apreenderam um BMW X6 avaliado em cerca de R$ 1 milhão. O veículo estava com a cor alterada, em desacordo com o documento, o que configura infração administrativa.
O caso corre sob segredo de Justiça e a investigação segue em andamento.