Edinho foi preso duas vezes em 2014; na foto, ele deixa a cadeia anexa ao 5º DP de Santos em 15 de julho daquele ano / Matheus Tagé/DL
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O ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, filho de Pelé, se apresentou na tarde desta sexta-feira (24) à Polícia Civil após ter a prisão decretada pela Justiça devido à condenação, em segundo instância, por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
“Estou frustrado, pois estou sendo massacrado pela Justiça, mas eu preciso confiar nessa mesma Justiça e tenho certeza que, com o tempo, as coisas vão se acertar”, declarou Edinho aos jornalistas ao se entregar no 5º Distrito Policial de Santos (Bom Retiro). Ele estava carregava duas sacolas, uma delas com um cobertor, e estava acompanhado do advogado Eugênio Malavasi.
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Na quinta-feira, a 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) recomendou a expedição do mandado de prisão após manter a condenação do ex-goleiro , que em maio de 2014 recebeu uma sentença de 33 anos e quatro meses de prisão na 1ª Vara Criminal de Praia Grande.
Com o julgamento do recurso de apelação no TJ-SP, a pena foi reduzida de 33 anos e quatro meses de prisão para 12 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime inicialmente fechado. Até o último dia 7, Edinho foi técnico do time Tricordiano, de Três Corações (MG), cidade natal do pai.
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Em 2014, Edinho foi preso duas vezes em virtude da condenação em primeiro grau, mas teve as ordens de prisão revogadas pelo Tribunal de Justiça.
Defesa
O advogado de Edinho, por meio de petição eletrônica, impetrou habeas corpus com pedido de liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) visando a soltura do ex-goleiro para recorrer em liberdade. O relator será o ministro Antônio Saldanha Palheiro, da 6ª Turma.
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“Estamos com muita fé nesse habeas corpus. A corte (TJ-SP) não fundamentou por que determinou a expedição do mandado de prisão. A corte não disse qual o motivo”, afirmou Malavasi.
Pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), condenados em segunda instância já podem iniciar cumprimento da pena, mesmo cabendo recursos.
Indra
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Corréus do processo, derivado da Operação Indra, da Polícia Civil, Clóvis Ribeiro, o Nai, Maurício Louzada Ghelardi, o Soldado, e Nicolau Aun Júnior, o Véio, também tiveram suas condenações mantidas e redução de pena pela 14ª Câmara Criminal do TJ-SP. Nai deverá cumprir 15 anos e os demais 11 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão. O colegiado também recomendou a expedição do mandado de prisão dos três, que também recorriam em liberdade.
Desaparecido desde 2008, Ronaldo Barsotti de Freitas, o Naldinho, é apontado como líder do grupo e também foi condenado em primeira instância.