08 de Maio de 2024 • 19:00
Dois homens foram presos na manhã desta quarta-feira, 19, por práticas de atos obscenos contra mulheres na Estação Sé do Metrô de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, um deles filmava com a câmera de um celular as partes íntimas de mulheres e o outro se aproximava por trás e pressionava a genitália nas vítimas.
De acordo com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur), à qual se subordina a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), um dos dois acusados é o técnico em informática Bruno Perroni, de 24 anos. Segundo a polícia, seria ele quem filmava, por baixo, as mulheres no Metrô.
O outro suspeito é o engenheiro Eduardo Nascimento, de 26 anos, que se insinuaria sobre as vítimas. Os dois foram enquadrados por importunação ofensiva ao pudor.
Não é o primeiro caso envolvendo assédio sexual no sistema metroviário paulistano nesta semana. Na tarde de segunda-feira, 17, o universitário Adilton Aquino dos Santos, de 24 anos, foi enquadrado por estupro depois de molestar uma passageira que viajava em um trem da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A mulher teve o braço segurado pelo acusado, que tentou ainda arrancar a calça da vítima. Outros passageiros do trem espancaram o acusado. As agressões só pararam quando seguranças interferiram. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o jovem confessou o ataque. "Infelizmente, foi um fato. Estava muito apertado (no trem) e eu não aguentei."
Ocorrências. Com o caso desta quarta-feira, 19, chega a 17 o número de ocorrências semelhantes registrados neste ano pela Delpom. O episódio envolvendo Adilton Aquino foi o único registrado como estupro - os demais aparecem como importunação ofensiva.
Investigações. A Delpom, responsável por investigações de crimes no Metrô e nos trens da Grande São Paulo, está rastreando as identidades eletrônicas - IPs - dos computadores de pessoas que administram sites de incentivo ao assédio sexual no transporte público. Recentemente, páginas como "Encoxadores", no Facebook, com mais de 12 mil seguidores, vêm atraindo a atenção da polícia, que pretende identificar e prender os responsáveis por criar os sites ou publicar neles relatos pessoais de abuso de mulheres.
Santos
Conversa se aprofundará na última das 17 bandeiras da Agenda 2030, que aborda Parcerias e Meios de Implementação
Praia Grande
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