25 de Abril de 2024 • 08:08
A hipótese é a de que o animal tenha sido devorado vivo / Divulgação
Por mais que a equipe da Organização Não Governamental Ecomov – Ecologia em Movimento esteja acostumada a encontrar lixos e animais marinhos mortos por conta da falta de conscientização das pessoas em insistirem descartar resíduos nos mares, é chocante se deparar com algum animal doente ou morto nas praias da região.
Foi o caso de uma tartaruga da espécie cabeçuda ou caretta caretta, que, segundo o presidente da Ecomov, Rodrigo Brandão Azambuja, durante ação no último domingo (08), na praia do Costão, em Peruíbe, foi achada morta, presa às pedras. "Os urubus estavam em cima e os afastamos, pois a cena era muito chocante e o cheiro forte também. Ela deve ter chegado naquele local após a ressaca e, provavelmente se prendeu nas pedras e acabou morrendo ali mesmo, sem monitoria, sem atendimento".
A suspeita, segundo Azambuja, é de que o réptil tenha sido devorado ainda vivo. "Havia fezes de urubus nas pedras e isso pode indicar que a tartaruga tenha sido devorada enquanto estava presa as pedras".
De acordo com o presidente da Ecomov essa cena tende a se repetir enquanto houver falta de atenção com a limpeza e monitoria no local, pois os animais marinhos acabam tendo contato com microplásticos, que são um dos principais poluentes dos oceanos.
Esse caso não é um fato isolado. Azambuja conta que no último dia 21 de agosto duas tartarugas verdes (Chelonia mydas) foram resgatadas na praia do Costão, após Rodrigo solicitar apoio aos guarda-vidas e eles entraram em contato com uma Instituição para retirar os restos do animal das pedras.
No mesmo dia em que a tartaruga da espécie Caretta Caretta ou cabeçuda, como também é conhecida, foi encontrada, a equipe de voluntários da Ecomov recolheu mais de 350 quilos de lixo.
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