Felipe foi diagnosticado com uma condição genética degenerativa sem cura / Arquivo Pessoal
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Uma família de Peruíbe iniciou uma campanha de arrecadação para comprar equipamentos para um bebê de apenas um ano e seis meses. Felipe foi diagnosticado com uma condição genética degenerativa sem cura chamada leucodistrofia hipomielinizante tipo 15.
De acordo com a mãe, Jacqueline Rodrigues, a síndrome rara impossibilita o bebê de andar, falar, sustentar a coluna e deglutir alimentos. A vaquinha virtual visa arrecadar R$ 27 mil, para custear um carrinho adaptado e uma bomba de alimentação, equipamentos que vão melhorar a qualidade de vida de Felipe.
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Jacqueline conta que os sintomas começaram desde o nascimento. “Assim que nasceu, em janeiro de 2022, ele teve uma parada cardíaca, foi reanimado e ficou internado na UTI por 11 dias. Depois de um tempo, percebemos que ele tinha movimentos irregulares nos olhos e ele foi encaminhado para um neuropediatra”, explica.
A consulta com o especialista aconteceu quando Felipe tinha três meses. “Em um primeiro momento, desconfiaram que fosse convulsão e ele foi internado na Santa Casa de Santos. Mas, após investigação, descartaram essa hipótese. Uma bateria de exames foi realizada, mas nenhum apresentou alteração, então recebemos alta com encaminhamento para a geneticista”, afirma.
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Na geneticista, em São Paulo, ele passou por outra série de exames. “Um sequenciamento genético encontrou uma variante que caracterizaria o diagnóstico. Como é hereditário, eu e meu marido tivemos que fazer o exame e o gene foi encontrado em nós dois”.
O diagnóstico de leucodistrofia hipomielinizante tipo 15 foi feito em dezembro último. “A síndrome rara atinge 0% da população, o que dificulta saber o que fazer, como tratar e como será o desenvolvimento dele, mas sabemos que não tem cura e o que podemos fazer é dar a melhor qualidade de vida para ele”.
Além do movimento involuntário e repetitivo nos olhos, condição médica conhecida como nistagmo, Felipe não crescia e nem ganhava peso. Por isso, antes mesmo de receber o diagnóstico da doença, os médicos decidiram realizar uma gastrostomia. “Ele tinha disfagia (dificuldade de deglutir), o que pode causar engasgos e broncoaspiração. Então, em dezembro do ano passado, ele fez a cirurgia”. Felipe se alimenta por sonda, com uma dieta específica.
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“O ano passado foi bem difícil, porque ele passou por sete internações. Tirando a primeira, que foi para investigação, as outras foram por crises respiratórias, porque ele é mais suscetível a pegar vírus e tem piora do quadro mais rápido”, explica Jacqueline. “Na última internação, que aconteceu em março deste ano, a fisioterapeuta achou melhor comprar um aspirador de secreção e um aparelho para medir a saturação, assim eu posso ajudá-lo em casa”.
Para manter a qualidade de vida, Felipe realiza sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. “Ele não sustenta a cervical, não consegue ficar sentado, nem firmar o corpo. Por conta disso, precisamos de uma cadeira específica, postural, que consiga manter ele sentado. Além de uma bomba de alimentação”.
Apesar de não medirem esforços para ajudar o filho, Jacqueline e o marido não tem condições de arcar com os custos dos equipamentos. Ela atuava como professora, mas precisou se afastar para cuidar do filho. O casal tem outras duas crianças, Beatriz, de cinco anos, e Arthur, de três. “Nós tínhamos uma loja, mas por conta da rotina de médicos, internações e exames, acabamos nos desfazendo dela. Meu marido trabalha como motorista de aplicativo e eu estou afastada. Infelizmente não temos condições de comprar esses aparelhos agora, por isso estamos pedindo ajuda”.
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A meta de arrecadação para comprar o carrinho do tipo Kimba Neo 1 e a bomba de alimentação para administração da dieta é de R$ 27 mil.
Quem puder contribuir, pode fazer a doação pelo site www.vakinha.com.br/3818160 ou através do Pix pela chave 13991026052 (telefone).