Peruíbe

Lixo internacional é retirado de praias paradisíacas de Peruíbe

Algumas das principais praias onde as coletas são feitas são a do Guarauzinho, Arpoador, Parnapoã, Brava e Juquiazinho.

Márcio Ribeiro

Publicado em 14/05/2025 às 11:39

Atualizado em 14/05/2025 às 18:26

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Embalagens de diversos países foram encontradas durante limpeza / Mariana Giroto/Arquivo Pessoal

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Índia, Malásia, China, Japão, Rússia, Indonésia, Nova Zelândia e Itália. Esses são alguns dos países de origem da maioria do lixo internacional que acosta nas praias paradisíacas de Peruíbe. A lista de nações é maior, pois já foram vistas embalagens de todas as partes do mundo, tendo a China disparada como a maior poluidora.

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Todas as vezes que o Dido Lima e a sua equipe saem para limpar uma das praias do município encontram lixo gringo nas areias da cidade. E olha que ele já faz esse trabalho regularmente há 4 anos, saindo, em média, três vezes por semana:

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 “Na nossa última limpeza, tiramos 35 sacos de 100 litros numa praia onde não tem visitantes, onde o lixo só chega pelo mar. Nas praias onde tem turistas, são em média 3 a 4 sacos, isso é, quando tem, porque com nosso trabalho de ir toda semana, os lixos estão cada vez menos”, disse.

A hipótese mais aceita por eles é que o lixo seja descartado dos navios, visto que a região está entre o Porto de Santos e o de Paranaguá. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
A hipótese mais aceita por eles é que o lixo seja descartado dos navios, visto que a região está entre o Porto de Santos e o de Paranaguá. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
Já foram vistas embalagens de todas as partes do mundo e a China é a maior poluidora. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
Já foram vistas embalagens de todas as partes do mundo e a China é a maior poluidora. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
Foram descartadas as hipóteses do lixo internacional ter vindo pelas correntes marítimas. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
Foram descartadas as hipóteses do lixo internacional ter vindo pelas correntes marítimas. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
Muitas embalagens que acostam estão em condições perfeitas. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal
Muitas embalagens que acostam estão em condições perfeitas. / Crédito: Mariana Giroto/Arquivo Pessoal

A Agente de Turismo, Mariana Giroto, que trabalha com ele, falou da tristeza de encontrar lixo nas praias preservadas: 

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“Na verdade, é um mix de sensações e tristeza, ao ver tantos lixos de fora aqui no nosso local. Tristeza porque muitas pessoas usam a praia e deixam seus lixos para trás. Tristeza em ver que tem pessoas que não sabem a importância de levar seu lixo e descartar num lugar correto. Por outro lado, fico feliz em saber que estamos ajudando a natureza de alguma forma”, disse.

As principais praias onde as coletas são feitas são a do Guarauzinho, Arpoador, Parnapoã, Brava e Juquiazinho, no Parque Estadual do Itinguçu. Desertinha, Caramborê e Barra do Una, na RDS de Barra do Una. Praia do Una, na Estação Ecológica de Jureia-itatins. Prainha e Costão, em Peruíbe, todas sem coletas regular de lixo e com a aparição de lixo internacional.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A reportagem perguntou ao Dido Lima se tem algo que ele acha que deveria ser feito para resolver o problema e ele respondeu:

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“Eu penso que conscientizar as crianças desde cedo na escola seria muito interessante e o começo”, finalizou ele.

Vale lembrar que, a respeito das praias inseridas nas unidades de conservações, outros operadores náuticos, a comunidade, monitores ambientais, agências de turismo, Ongs e a própria Fundação Florestal também organizam (ou já fizeram) mutirões de limpeza nesses locais. 

Estudo

Nas oficinas organizadas pela Escola Estadual Professor Ottoniel Junqueira, de Peruíbe, que realizou um trabalho do tipo em parceria com a USP, foram descartadas as hipóteses do lixo internacional ter vindo pelas correntes marítimas desde o seu país de origem, já que muitas embalagens que acostam estão em condições perfeitas, o que não seria possível se viessem de um lugar longe, considerando a água salgada, o sol e o tempo. 

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A hipótese mais aceita por eles é que o lixo seja descartado dos navios, visto que a região está entre o Porto de Santos e o de Paranaguá.

O Instituto Ernesto Zwarg tem um projeto aprovado para estudar o lixo internacional nas praias da Juréia, mas os resultados ainda não foram divulgados.

As embalagens mais exóticas encontradas que se tem notícia são de Djibouti, Namíbia, Nigéria e Jamaica.

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