Peruíbe

Bugio-ruivo ameaçado de extinção é visto andando em fios elétricos em Peruíbe

A cena gerou preocupação entre os moradores, que temem que o animal possa se machucar

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 03/11/2025 às 15:33

Atualizado em 03/11/2025 às 16:52

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Parte da população pede que ele seja devolvido ao local de origem / Reprodução/Redes Sociais e Edson Montilha

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O bugio-ruivo (Alouatta guariba), espécie ameaçada de extinção, foi flagrado caminhando sobre a fiação elétrica na estrada do Guaraú, em Peruíbe (SP). O animal, conhecido pelos moradores como Cesar, havia sido realocado da cachoeira do Perequê em fevereiro deste ano pela Fundação Florestal.

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A cena gerou preocupação entre os moradores, que temem que o primata possa se machucar. Parte da população pede que ele seja devolvido ao local de origem.

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No início do ano, ele foi realocado e causou revolta em moradores da cidade.

Recolocação e riscos de contato com humanos

Segundo os especialistas, o bugio foi retirado da cachoeira do Perequê porque a área recebe grande fluxo de turistas. O contato direto entre animais silvestres e pessoas pode oferecer riscos a ambos — como ataques, transmissão de doenças e estresse para o animal. Com essa  proximidade, a chance de alguém transmitir alguma doença para o primata é alta.

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Especialista acredita que o animal foi domesticado

O biólogo, primatólogo e gerente de biodiversidade da Fundação Florestal, Edson Montilha, acredita que o bugio foi domesticado e depois abandonado em área de mata.

“Ele é dócil e não tem medo das pessoas. Um animal desse, na natureza, costuma manter de 20 a 30 metros de distância dos humanos”, explicou Montilha em entrevista ao G1.

Espécie está entre as mais ameaçadas do mundo

De acordo com especialistas, o bugio-ruivo está entre os 25 primatas mais ameaçados de extinção do planeta. Mesmo assim, Cesar não demonstra medo de interagir com pessoas, o que preocupa as autoridades pela possibilidade de reações agressivas e transmissão de doenças.

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Os especialistas orientam que ninguém se aproxime do animal. Apesar de parecer dócil, ele não é domesticado e pode morder. O bugio também é vulnerável a doenças como Covid-19 e febre amarela.

Monitoramento e acompanhamento técnico

A Fundação Florestal informou que o animal está sendo monitorado por uma equipe técnica e que a expectativa é de que ele retome seu comportamento natural na área onde foi solto.

Nota do Cetas Peruíbe

“Auxiliamos a Fundação Florestal e a Polícia Militar Ambiental na realocação do animal, visando à segurança de todos. Ele já foi solto dentro da Estação Ecológica e está sendo monitorado pela equipe da fundação. Em breve, uma nota oficial deve esclarecer toda a situação”, informou o Cetas Peruíbe.

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Posição da Fundação Florestal e da Prefeitura

“A Fundação Florestal informa que, no dia 26 de fevereiro, realizou o resgate de um bugio (Alouatta guariba) que se encontrava em situação de risco no entorno da Estação Ecológica Juréia-Itatins. A ação, integrada com a Polícia Ambiental, contou com o apoio do Defau e do Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) de Peruíbe”, disse a instituição.

A Prefeitura de Peruíbe confirmou que a operação foi conduzida pelo governo estadual.

Esta matéria poderá ser atualizada conforme novas informações sejam divulgadas.

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