Peruíbe

4º Festival artístico é atração na aldeia Piaçaguera em Peruíbe

Evento acontece neste sábado (6), a partir das 13 horas, com diversas atividades culturais e indígenas

Nayara Martins

Publicado em 06/09/2025 às 07:40

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Feira de artes, artesanatos indígenas, exposições e apresentações de música e danças fazem parte do festival / Caju Cultura/Divulgação

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O 4º Festival “Crie como quem luta – edição latino-americana” vai ser promovido neste sábado (6), com diversas atividades culturais e indígenas, no horário das 13 às 20 horas, na aldeia Piaçaguera, localizada na Terra Indígena Piaçaguera, em Peruíbe. A entrada é gratuita e aberta ao público.

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A aldeia da etnia tupi-guarani receberá a programação do festival que vai oferecer ao público atividades com vários artistas e grupos locais ao longo do dia. 

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Entre as atividades destacam-se a feira de artes visuais e o artesanato indígena, uma exposição fotográfica, roda de conversa sobre o trabalho das mulheres na cultura, apresentações de música, dança, coral indígena e, ainda, a exibição de documentários.   

A vice-cacique da aldeia Piaçaguera, Juliana Prado Franchi, fala sobre os impactos positivos para a comunidade indígena. 

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“O Festival auxilia nossa luta e resistência ao mostrar o quanto o nosso território e nossa comunidade é importante. E o quanto a nossa cultura existe e resiste mesmo com tantas dificuldades políticas, muitas vezes, de invasão em nosso território. É um evento importante para que as pessoas possam visitar nossa comunidade e proporcionar visibilidade da nossa aldeia para os eventos posteriores”, destaca a vice-cacique. 

Essa é a primeira vez que a Caju Cultura, coletivo que organiza o festival, propõe uma itinerância de programação e de trocas artísticas. 

Cinco artistas de Peruíbe foram convidadas a criar em um processo de residência artística com outras cinco artistas de Campinas, pela primeira vez, uma obra artística apresentada durante a primeira etapa do 4º Festival “Crie como quem Luta – edição latino-americana”, entre 22 e 30 de agosto, em Campinas. 

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Neste sábado, o público de Peruíbe vai assistir a esta criação coletiva que contou com as participações de Fabi Nascimento, Giovanna Luiza, Graziele Garbuio, Cunhã Cariri, Noelly Castro, Patrícia Santiago, Poty Porã, Vulcanica Pokaropa, Yandara Pimentel e Zênite Astra.

A mostra da residência “As que percorrem o solo, o mar e também as que voam” será às 19 horas, e vai fechar a programação do festival. 

A itinerância é fruto da parceria entre a Caju Cultura com a gestora cultural Cassiane Tomilhero, uma das fundadoras do coletivo, que assumiu a produção do festival em Peruíbe. 

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“Quando começamos as conversas para realizar o Festival em Peruíbe, a produção destacou a importância de escolhermos um espaço que coubesse a diversidade de atividades culturais e, principalmente, de ser um espaço de convívio e acolhedor”.

“Ao saber que a temática desta quarta edição envolvia território, pensei que nada seria melhor do que realizarmos na Terra Indígena Piaçaguera que, neste ano, completa 25 anos da retomada de seu território. Acredito ser importante tanto para as pessoas de fora como para as pessoas de Peruíbe terem a oportunidade de conviver com esse espaço-território. E assimilar com a programação tudo o que é vivido pela comunidade indígena em relação à cultura, ao espaço e à vida neste lugar”, completa Cassiane. 

Aldeia Piaçaguera

A aldeia Piaçaguera é a mais antiga dentre as 12 que ocupam a Terra Indígena Piaçaguera, que fica localizada próxima à divisa entre as cidades de Itanhaém e Peruíbe, no litoral sul de São Paulo. 

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Seus primeiros registros são datados de 1542. Desde então a luta para voltar a essas terras sempre foi algo constante e de muitas importância. 

A busca pela Yve Marãey, a terra sem males, em tupi-guarani, é o objetivo deste povo, de estar nesta terra e viver sua cultura em contato com a natureza. 

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